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- Incongruências
do modelo clássico:
Dentre as
incongruências do modelo clássico, pode-se citar:
Rigidez dos processos de trabalho e dos maquinários - permitia
apenas a produção de produtos padronizados, com poucos modelos
e sem grande diferenciação, o que tornava difícil atender às
novas exigências e necessidades dos consumidores. Neste contexto
surge a valorização
da área de marketing. A rentabilidade vai depender
de uma produção contínua e em larga escala. Contínua porque
o custo fixo do equipamento parado era altíssimo, inviabilizando
o preço do produto; e em larga escala para conseguir obter ganhos
por meio do rateio dos custos fixos, entre as diversas unidades
produzidas. Neste sentido, com a queda da demanda, houve uma
queda brusca da rentabilidade e, posteriormente, o modelo passou
a acumular prejuízos cada vez maiores.
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Valorização da área de marketing - as empresas buscaram,
num primeiro momento, dinamizar a comunicação das empresas com
os consumidores por meio da propaganda e, num segundo momento,
entender melhor as necessidades dos consumidores pelas pesquisas
de mercado e de uma comunicação mais interativa onde os consumidores
passaram a ser ouvidos.
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Trabalho repetitivo e rotineiro - as políticas de recursos
humanos centradas na falta de participação dos operários no
processo de planejamento do trabalho, dificultava o engajamento
dos mesmos no processo de modernização técnica, excluindo-os
da busca pela produtividade e qualidade. Por sua vez, a falta
de engajamento aliada à rotina do trabalho repetitivo e monótono
do modelo clássico, contribuía para a desmotivação e o bitolamento
intelectual dos trabalhadores, acentuando a queda na produtividade
das empresas e agravando a queda de rentabilidade do modelo.
Para responder aos problemas de desmotivação, existentes desde
a implantação do modelo clássico, surge a psicologia
organizacional no contexto das organizações, visando estabelecer
parâmetros e políticas que abrandassem a inadequação do homem
com o trabalho e do trabalho com o homem. Os avanços e contribuições
trazidos pelas Escolas das Relações Humanas e a Comportamental
foram insuficientes para resolver a questão. Havia uma certa
dificuldade de estudar e abordar o indivíduo numa posição central
e não apenas subjacente. Este é um desafio constante para os
administradores: entender o indivíduo no seu ambiente de trabalho,
reabilitando o seu ponto de vista, seus desejos, aspirações
e, conceber o trabalho no sentido de contribuir para a construção
equilibrada do ser.
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Psicologia organizacional - é a área da psicologia que estuda
as pessoas nas organizações.
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Falta de investimentos em novas tecnologias - outro fator
de grande impacto para o esgotamento do modelo clássico consiste
no sucateamento
dos parques industriais, o que exigia novos investimentos
em maquinários e em novos modelos de gestão. Como, no Brasil,
as empresas não tinham a cultura de fazer reservas de capital
para novos investimentos, o custo deles deveriam ser incorporados
nos preços dos produtos, encarecendo o produto final e tornando-o
não competitivo, sendo portanto integralizados aos lucros. As
indústrias brasileiras passaram mais de 20 anos sem renovar
os seus parques industriais, e só começaram a fazê-lo no final
da década de 80 e início da década de 90, quando ficou claro
que a abertura
da economia era algo inevitável e que os produtos brasileiros
teriam que concorrer com os produtos internacionais. Para tanto
não era mais possível continuar com o antigo modelo de incorporação
do investimento no custo dos produtos, o modelo clássico deveria
ser revisto e as taxas de lucratividade deveriam seguir padrões
internacionais.
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Sucateamento dos parques industriais - na década de 80 os
parques industriais brasileiros eram velhos, sua tecnologia
estava completamente ultrapassada e sua capacidade de produção
comprometida. Em função do desgaste dos maquinários houve uma
queda na qualidade dos produtos fabricados, o custo de manutenção
e os gastos com energia eram muito altos, e o processo exigia
a utilização de um grande contingente de mão-de-obra que agregavam
pouco valor ao produto final.
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Abertura da economia - em linhas gerais consiste na redução
das taxas de importação e conseqüente redução dos preços dos
importados. A política brasileira de abertura aos mercados,
com algumas variantes, tem procurado ser negociada e gradativa
em termos dos prazos estabelecidos para a redução dos impostos
de importação, buscando dar às empresas brasileiras tempo para
adaptarem-se às novas exigências de mercado e fortalecerem-se
para tornarem-se competitivas nacional e internacionalmente.
Apesar da abertura dos mercados ter forçado as indústrias no
sentido da modernização, vários equívocos foram cometidos, exigindo
uma revisão global da política de abertura em fins da década
de 90.
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Crise de receita e investimento do Estado na produção -
esta crise obrigou o Estado a adotar políticas de austeridade,
como a contenção dos gastos públicos, agravando ainda mais o
problema de demanda.
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