O balanço da empresa, ajustado para os valores de X2, para fins de análise, seria:

ATIVO
X1
X2
PASSIVO
X1
X2
Disponibilidades
Dupl. a receber
Estoques
CIRCULANTE
Imobilizado
(-) Dep. acumul.
140
280
420
840
874
(87)
120
240
340
700
874
(131)
Fornecedores
Empr. externos
CIRCULANTE
Capital
Reservas
L. acumulados
140
195
335
819
109
364
220
195
415
690
185
153
Total
1627 1443
Total
1627 1443

Como se pode observar:

- O CCL em X1, que era de 450 (antes do ajuste) aumenta para 505;

- O CCL em X2, que era de 330 (antes do ajuste) diminui para 285.

Esse detalhe mostra a importância de se corrigir as distorções causadas pela inflação.

No caso da DRE, por não se tratar de um retrato da situação em dado momento, trabalha-se normalmente com índices médios (inflação média no período).

Suponhamos que as Vendas (Receita Bruta) da entidade tenham sido:

DRE
X1
X2
VENDAS
10.000
12.000

Não faria sentido aplicar a correção integral sobre o valor das Vendas em X1 para saber a quanto eqüivaleriam em X2, pois não se trata de um valor obtido ao final ao exercício ou próximo dele, e sim do somatório das vendas efetuada ao longo de todo o exercício de X1.

Para corrigi-lo, devemos utilizar o índice médio de inflação acumulada verificado em X1. Admitindo-se que esse índice médio tenha sido de 15% (inflação mensal uniforme), teríamos que o valor real das Vendas, ao final de X1, seria de 11.500.

Aplicando-se o índice de correção de X2 (40%) sobre esse valor, teríamos o valor real das vendas efetuadas ao longo de X1 ,ao final de X2: 16.100.

Para saber o valor real das vendas efetuadas ao longo de X2, ao final de X2, aplicaríamos o índice médio, no caso 20%, sobre 12.000, obtendo-se: 14.400.

DRE

X1

X2

VENDAS
16.100

14.400

Como se pode ver, se considerarmos a inflação, as vendas em X1 foram superiores, e não inferiores, às vendas em X2. Claro exemplo da necessidade de se corrigir os valores das demonstrações financeiras.



Copyright © 2003 AIEC.