Essa é, provavelmente, a primeira, se não a mais importante preocupação de quem mantém ou pretende manter negócios com uma organização. Saber se a entidade tem capacidade para honrar seus compromissos é normalmente o primeiro passo para decidir se estabeleceremos relações comerciais com ela.

Ainda que uma entidade disponha de recursos para pagar suas dívidas no curto prazo, isso pode não ocorrer no longo prazo, o que depende da sua estrutura de capital, ou seja, da participação relativa dos capitais próprios e dos capitais de terceiros no total de recursos por ela utilizados, da magnitude dos seus ativos, de como estão distribuídas suas dívidas ao longo do tempo.

A velocidade com que elementos patrimoniais (estoques, por exemplo) se renovam ao longo do exercício, pela sua influência direta sobre a liquidez e a rentabilidade da organização, constitui objeto de interesse do analista interessado nas suas perspectivas em curto e médio prazos;

O lucro, sem dúvida, é objeto de interesse primordial do analista. Mas os lucros obtidos por empresas são um dado de interesse reduzido, quando expressos em valores absolutos. Que significa um lucro de R$ 300 mil reais ou um lucro de R$ 2,0 bilhões? Em princípio, para o analista, nada. Esses valores só adquirem significado se os relacionarmos com outros, pois só assim teremos uma indicação sobre o bom ou mau desempenho da empresa.

Todas as empresas se valem de capitais de terceiros para “alavancarem” seus negócios (obter maiores lucros com a mesma utilização de recursos próprios). Isso implica em riscos, maiores ou menores, no caso de uma reversão das expectativas do mercado. É outro ponto sobre o qual o analista financeiro é obrigado a se debruçar para corretamente entender a situação da empresa e indicar possíveis decisões a serem tomadas pelas partes interessadas.