Como se pode observar, existe uma hierarquia na análise.

É preciso:


1
º) verificar se as operações da empresa estão gerando recursos suficientes para que ela se mantenha. Em outras palavras, para saber se suas atividades correntes são financiadas, no todo ou em parte, com recursos próprios, gerados pelas próprias operações.

2º) saber se o excedente gerado pelas operações possibilita à organização pagar as dívidas contraídas e os encargos financeiros correspondentes.

3º) verificar se foram gerados excedentes de caixa suficientes para remunerar os proprietários.

4º) examinar se os excedentes de caixa gerados possibilitam a realização de novos investimentos.

5º) verificar em que foram efetivamente aplicados os excedentes de caixa produzidos pelas operações, bem como as fontes de recursos utilizadas para cobrir as insuficiências de caixa.

A análise dos fluxos de caixa é efetuada com base na Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC. A elaboração e divulgação dessa demonstração não é obrigatória, não existindo também um modelo ou padrão definido de apresentação. Por outro lado, a DFC pode ser construída a partir dos dados contidos em outras demonstrações.

A elaboração de uma demonstração à parte dos fluxos de caixa e sua análise justifica-se:

• por sua importância para a administração, uma vez que permite identificar e antecipar problemas de liquidez, possibilitando atuar com maior segurança e no momento adequado para evitá-los.

• por permitir identificar e corrigir decisões equivocadas quanto a utilização de excedentes de caixa ou à tomada de recursos de terceiros.

• por serem as demais demonstrações baseadas no regime de competência, segundo o qual as receitas e despesas são registradas quando são geradas, independente do seu recebimento ou pagamento, não permitem visualizar com clareza os fluxos monetários ocorridos.

• pelo fato da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, que poderia suprir as necessidades de informações sobre os fluxos de caixa, embora útil, não considera todos os elementos necessários à análise e decisão e não é apresentada de forma satisfatória para a análise dos fluxos de caixa.



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