Analisando
melhor, veremos que se trata da opção mais racional a
seguir e que pode ser justificada por um conjunto de preceitos muitas
vezes intuitivos.
Mesmo considerando
que a pessoa do exemplo não esteja necessitando dos recursos
agora, para suprir alguma necessidade urgente, sua decisão de
preferir os R$ 1.000,00 hoje pode ser justificada pelos seguintes motivos:
a. Incerteza quanto ao futuro – nada
pode garantir que ela esteja aqui para receber esses recursos
daqui a um ano, ou que a pessoa que irá fazer o pagamento
ainda possa ou queira fazê-lo ao final deste prazo, o
que implica dizer que adiar o recebimento resultará no
risco de não receber os R$ 1.000,00 ao final de um ano,
sem nenhuma vantagem que justifique este risco, dado que o valor
permanecerá o mesmo;
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b. perda do poder de compra – embora,
a princípio, não necessite dos recursos neste
momento para suprir alguma necessidade básica, partindo-se
do princípio econômico que afirma serem os recursos
disponíveis limitados e as necessidades ilimitadas, essa
pessoa poderia fazer uso desse dinheiro hoje para satisfazer
alguma necessidade de consumo, mesmo que supérflua. Caso
adiasse o recebimento, o preço do produto ou serviço
que ela seria capaz de adquirir hoje, poderia ser maior daqui
a um ano, o que resultaria em perda do seu poder aquisitivo,
caso adiasse o recebimento do dinheiro;
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c. além disso, existe a hipótese
de receber os recursos imediatamente e aplicá-lo em uma
opção de poupança, o que evidentemente
faria com que obtivesse, ao final de um ano, um valor maior
do que os R$ 1.000,00.
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