Nas situações em que não é possível que os envolvidos no conflito possam, sozinhos, solucioná-lo, pode-se optar pela utilização de um mediador. Em geral o coordenador de uma equipe de trabalho atua como mediador para melhor estabelecer as relações profissionais dentro de sua equipe. Moscovici (2001) analisa que o mediador tem a função de, questionando as partes envolvidas, fazê-las encontrar formas mais adequadas para discutir e solucionar o problema em questão.

Isto pode ser feito, por exemplo, fazendo as partes refletirem sobre seus reais interesses diante de uma cena de acusações. Outra maneira de mediar conflitos é fazer com que as partes obtenham mais informações sobre si próprias e sobre o outro, pois muitas vezes crenças errôneas sobre o outro são a principal causa dos conflitos. O mediador não precisa fazer com que os indivíduos do grupo tornem-se amigos e aceitem-se mutuamente, mas, que o grupo se torne produtivo para o seu objetivo, sem deixar que os conflitos interpessoais atrapalhem o seu desempenho.

Porém, é importante salientar que nem sempre é saudável utilizar mediadores. Muitas organizações já contrataram serviços de mediação e tiveram resultados desastrosos, muitas vezes chegando-se à violência física contra o mediador ou mesmo entre os membros do grupo de trabalho. O uso da figura de um mediador só é possível quando se estabelece uma relação de confiança entre este e os indivíduos em conflito e quando o mediador é alguém preparado para lidar com esse tipo de situação. Também é importante que o mediador atue de forma coerente, usando as mesmas regras para as duas partes, pois do contrário poderá causar a desconfiança de que ele está ali para “proteger” um dos lados.



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