As abordagens estruturais, em sua maioria, derivam da técnica de solução de problemas. As técnicas estruturais costumam partir da identificação de necessidades ou problemas a serem resolvidos e oferecem esquemas para dirigir o raciocínio em direção a soluções criativas. A grande vantagem dessa abordagem é conseguir estabelecer uma ponte entre o raciocínio cartesiano característico da sociedade ocidental e o raciocínio menos linear que é demandado pelo processo criativo. As técnicas dessa abordagem costumam apresentar resultados rápidos e palpáveis.

As abordagens comportamentais buscam anular os bloqueios normais do indivíduo por meio de exercícios geradores de iniciativa e autoconfiança. Exemplos de técnicas utilizadas nessa abordagem são exercícios físicos dirigidos, como a biodança, os acampamentos com desafios de manobras radicais e contato com a natureza. Esse tipo de abordagem para desenvolver a criatividade está se tornando cada vez mais popular. Pedrebon (1998) avalia que os ganhos dessa abordagem são rápidos e que as pessoas costumam sair desse tipo de preparo com mais segurança, ousadia e disposição para a mudança. Porém, o autor salienta que o problema está nas abordagens comportamentais que usam desbloqueios para desenvolver a criatividade e que há tendência de, com o tempo, os bloqueios antigos voltarem.

Finalmente, as abordagens atitudinais são baseadas em mudanças na pessoa, que se processam por meio de um trabalho psicológico, com técnicas como: reflexão, introversão de novos valores, renúncia de valores antigos, ganho de novas óticas. Nas abordagens dessa área é preciso cuidado, pois há desde trabalhos sérios e recomendáveis, a best sellers de auto-ajuda que não têm muito a acrescentar. Pedrebon (1998) avalia que, de todas as abordagens, a atitudinal é a que demanda mais tempo e paciência, mas é também a que propõe mudança em maior profundidade.



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