| Cabe destacar
que, a curto prazo, os efeitos dos ganhos salariais são benéficos
para os trabalhadores. Todavia, se não houver um aumento de produtividade,
isto implicará em aumento dos custos de produção. Conseqüentemente,
as empresas, na primeira oportunidade, procurarão ajustar-se à
nova situação, demitindo primeiro os trabalhadores menos produtivos
e reduzindo, portanto, o nível de emprego.
Quando não há um aumento na produtividade do setor, o emprego tende a decrescer, visto que o nível de emprego representa um estoque e a entrada e saída de trabalhadores, um fluxo. Com salários mais altos, a quantidade de trabalhadores que as firmas desejam contratar será inferior à quantidade de trabalhadores que habitualmente saem dos seus empregos. Claro exemplo de aumento
real de salários e redução no nível de emprego
está no quadro de pessoal dos metalúrgicos na Região
do ABC, em São Paulo. De cada 100 postos de trabalho que existiam
no início dos anos 80, hoje só restam pouco mais de 30.
Para onde foram estes empregos?
Em resumo,
um aumento dos salários acima do equilíbrio de mercado provocará,
caso não haja um aumento da produtividade, uma elevação
nas taxas de desemprego a longo prazo. |
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