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A ciência moderna propôs uma organização social baseada em normas racionais modeladas – como bem observou Michel Foucault em sua obra “Vigiar e Punir” – pelo modelo previsão/controle – vigilância/punição. O ethos da racionalidade iluminista – que impõe as idéias de um progresso contínuo e de um desenvolvimento ilimitado – apresenta o Estado como sendo o locus privilegiado da administração social. Sendo assim, a “crise” que nos apontam os “pós-modernos” conduzir-nos-ia ao “fragmentário”, ao “local”, ao “anti-totalitário”, ao “anti-estatal”? A única regulação possível é a “mão invisível do mercado”? Em um mundo fragmentário, substituiremos a “sabedoria” da natureza – “deixe o rio seguir seu curso” – apregoada pelos partidários dos ambientalismos, ecologismos, naturismos, e outros tantos “ismos” de plantão. E a racionalidade iluminista dos burocratas, tecnocratas, dogmáticos seria substituída pela “sabedoria” do mercado – a “lei da oferta e procura”? |
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