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A confiança mútua é a base da divisão do trabalho. Sem os laços de solidariedade e confiança, como é possível projetarmos um futuro em comum? Jean Bodin, em vários pontos dos Seis Livros da República, fala-nos sobre a importância da... amizade. Sem esta “amizade”, que nos dá um mínimo de garantia, segurança e certeza, não seria possível produzirmos os valores tangíveis dos quais se ocupam nossos sapientíssimos economistas. Na atualidade, palavras densas como Estado, Sociedade civil, Governo, governabilidade, Mercado, acrescidas de alguns termos que traduzem idéias de difícil compreensão para os mortais exilados do Olimpo, tais como: déficit público, default da dívida externa, superávit primário, política cambial, responsabilidade fiscal dentre outros, são “pedras cantadas” exaustivamente nos pobres ouvidos dos “cidadãos comuns”, e, ao final das contas, a grande questão permanece a mesma: como promover a Justiça dando a cada um o que é seu? É possível concebermos, criarmos e mantermos uma forma de organização política justa e equitativa, na qual o “milagre” de compatibilizar o máximo de liberdade com o mínimo de desigualdade deixe de ser apenas... utópico? É esse, verdadeiramente, o “porto” onde nossa civilização pretende ancorar? Se acreditarmos que sim, como conduziremos a Nau, em segurança, até lá?
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