1 - Crises do Governo

Na década de 1970, não se podia pensar um modo de governar que não estivesse em conformidade com a corrente dos impostos e serviços prestados. O sistema funcionava bem enquanto a arrecadação crescia, mas, quando a taxa de crescimento diminuiu e a crise fiscal se tornou evidente, o cenário se alterou.

Surge, então, um elenco de problemas, impasses e dilemas que, até hoje, protagonizam o drama da nossa existência. O que fazer para atender às demandas e reivindicações da sociedade? Aumentar os impostos? Deixar de atender às demandas, passando-as para outras instâncias que não a governamental? É possível fugir do dilema tomando dinheiro emprestado? É melhor enfrentar o aumento da dívida externa do que enfrentar o aumento dos tributos? Como desenvolver um modelo de gestão governamental apto a enfrentar os desafios de uma economia globalizada?

Desde a década de 1980, os governantes enfrentam um cenário nada promissor:


  • crescente desequilíbrio fiscal;
  • escalada inflacionária;
  • desordem das contas públicas.

Em decorrência disso, a sociedade vê-se submetida a uma série de tentativas de ajuste da economia, visando a tão sonhada estabilização. Tais ajustes materializaram-se sob a forma de “Planos” que se foram sucedendo até chegarmos ao modelo de ajuste neo-liberal da atualidade, dentro do qual nos cabe discutir os conceitos de governança e governabilidade. Mas, antes, é preciso refletir acerca dos conceitos e idéias que temos a respeito do governo.



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