Resumo

Na década de 1970, não era possível pensar um modo de governar que não estivesse em conformidade com a corrente dos impostos e serviços prestados. Esse sistema funcionou bem enquanto a arrecadação crescia, mas no momento em que a taxa de crescimento foi diminuindo, e a crise fiscal se tornou evidente, o cenário alterou-se. Entra no palco, então, um elenco de problemas, impasses e dilemas. O que fazer para atender às demandas e reivindicações da sociedade? Aumentar os impostos? Deixar de atender às demandas, passando-as para outras instâncias que não a governamental? É possível fugir do dilema tomando dinheiro emprestado? É melhor enfrentar o aumento da dívida externa do que enfrentar o aumento dos tributos? Como desenvolver um modelo de gestão governamental apto a enfrentar os desafios de uma economia globalizada?

Desde a década de 1980, os governantes enfrentam um cenário nada promissor: o crescente desequilíbrio fiscal, a escalada inflacionária e a desordem das contas públicas. Em decorrência, a sociedade vê-se submetida a uma série de tentativas de ajuste da economia, visando a tão sonhada estabilização. Tais ajustes passam a materializar-se sob a forma de “Planos”, criados sucessivamente, até chegarmos ao modelo de ajuste neo-liberal da atualidade, dentro do qual cabe-nos discutir os conceitos de governança e governabilidade. Mas, no contexto geral dos problemas emergentes, é necessária a reflexão sobre os conceitos e idéias que temos a respeito do governo.



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