| Resumo
Como pensar o Estado e a Sociedade no quadro da “nova ordem mundial” imposto pela globalização? Desde meados da década de 1970, vivemos um processo de unificação de mercados, ao qual damos o nome de Globalização. Tal processo pode ser detectado em muitos aspectos do nosso cotidiano, desde a interdependência das bolsas de valores ao nível mundial, às mega-fusões de empresas (são formadas mega-corporações globais, responsáveis da mesma forma por uma maior zona de abrangência no mundo). Seu poder financeiro e sua influência sobre os governos dos Estados soberanos conduzem à superação do Poder nacional pelo Poder de Mercado. O processo de globalização vem ocasionando profundas transformações para as sociedades contemporâneas. A aceleração do desenvolvimento tecnológico e cultural, principalmente na área da comunicação, inaugura uma nova etapa do capitalismo. A sociedade globalizada está transformando a economia no que concerne aos meios de produção, que não mais são determinados exclusivamente pelo antigo arranjo “capital, recursos naturais e mão-de-obra”, mas pelo conhecimento técnico e científico. Hoje, somos inclinados a contrapor às virtudes do mercado os vícios do Estado. No entanto, para que o mercado possa funcionar de maneira eficiente e em benefício de um projeto coletivo, é necessário descartar essa posição minimalista incapaz de perceber a importância do aperfeiçoamento dos mecanismos de intervenção governamental. Muitos entraves ligados à dicotomia Estado-mercado devem ser superados, de forma a edificar um novo padrão de gestão pública capaz de executar reformas em consonância com os interesses sociais. |
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