Etheia: Das relações familiares — a relação masculino/feminino e relação pais/filhos – passamos de uma etapa primária de agregação, marcada pelo instinto de conservação da espécie, a uma forma de vida em grupo, na qual as considerações meramente técnicas sobre os interesses comuns começam a ser permeadas por considerações éticas sobre o “bem comum”.

O sentido maior de um “bem comum” ultrapassa a racionalidade técnica – os homens já não são apenas “sócios” que vivem juntos em nome de considerações técnicas e práticas sobre o útil e o prejudicial. Já não se limitam a pensar, deliberar, prever e planejar o atendimento dos interesses particulares que têm em comum. O caráter grupal dessa associação deixa de ser puramente econômico, pois já não se limita à manutenção de uma associação pragmática de fins visando à segurança e ao bem-estar.

A vida na polis impõe a necessidade de considerarmos questões éticas, de construirmos uma representação comum do bom e do justo, pois a polis é koinonia, comunhão, comunidade.

A vida na polis exige:


  • justiça (dike),
  • amizade (philia), e
  • uma educação que também seja formação (paideia).


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