Não podemos falar em construção de identidades fora de um sistema de relações. Bronislaw Baczko (1982) expõe sobre a forma como o poder apropria-se do controle dos meios que formam e guiam a imaginação coletiva, tendo como objetivo impregnar as mentalidades com novos valores e fortalecer sua legitimidade. E o Poder só consegue atingir tal fim quando institucionaliza um novo simbolismo e novos rituais. São esses simbolismos e rituais que fornecem o cenário e o suporte para a estabilização dos poderes que sucessivamente se instalam. Portanto, este cenário que dá o suporte para todas as manifestações do Poder, com suas máscaras, espelhos e sombras convém ser estudado.

Os signos imaginados e os ritos coletivos forjam uma linguagem e um modo de expressão que correspondem a uma “comunidade de imaginação social”. Para Bronislaw Baczko (1982) a imaginação social é um aspecto significativo da sociedade. É por meio dela que as sociedades se percebem, elaboram uma imagem de si próprias e atribuem identidades sociais a seus membros.


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