A principal moeda utilizada no processo de privatizações são os títulos da dívida externa. Além desses, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro abriu algumas séries de opções de compra para os Títulos da Dívida Agrária (TDA), as Obrigações do Fundo Nacional de Desenvolvimento (OFND) e as debêntures da Siderbrás.

Qualquer dessas moedas pode ser utilizada no processo, cada uma dentro de regras específicas e com deságio próprio. A partir do acordo da dívida externa de abril de 1994, os antigos títulos da dívida foram impedidos de participar dos leilões de privatização.

A maior parte destas moedas é formada por dívidas vencidas e não pagas de empresas ou órgãos estatais, em sua maioria, com garantia da União, com prazo médio de oito anos e juros de 6% a.a.

O processo de renegociação desses títulos, viabilizado pelo Cetip, chama-se, tecnicamente, de Securitização da Dívida. Todos esses títulos, conhecidos como "moedas podres", são negociados entre instituições financeiras e outras instituições interessadas no processo de privatização das estatais, com deságio em relação ao seu valor de face. Está, assim, criado um mercado secundário de moedas podres.



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