De modo geral, reformas em sistemas de pagamentos visam o aumento da eficiência e melhorias na gerência de risco. O primeiro aspecto diz respeito ao melhor fornecimento de serviços de pagamentos adequados às necessidades dos agentes, à minimização do float gerado pela defasagem entre a contratação e a liquidação dos pagamentos e à busca da redução de custos. O resultado desses aspectos é o melhor desempenho das atividades econômicas suportadas por tais sistemas.

O segundo aspecto compreende a criação de mecanismos que reduzam a possibilidade de perdas enquanto o pagamento ainda não se tornou final, isto é, antes da efetiva transferência de fundos entre as contas reservas bancárias dos bancos envolvidos e, no outro lado, a transferência do bem, serviço ou ativo negociado. Esse aspecto é crucial para a estabilidade dos mercados financeiros, pois a rede na qual o sistema de pagamentos opera é um meio potencial de transmissão de distúrbios, magnificando-os em alguns casos.

O pagamento de um banco é a liquidez de outro. Problemas na transferência de fundos, qualquer que seja a razão, podem levar a inadimplência de outros participantes, que deles dependiam para equilibrar seus caixas. Mesmo as instituições financeiras não envolvidas diretamente com o banco inadimplente podem ser afetadas. Falhas na cadeia de pagamentos, sem mecanismos de proteção, causam perda de confiança e maior discricionariedade de todo o sistema financeiro na concessão de crédito, especialmente o interbancário. Assim, a inadimplência local, se não contida, possui a capacidade de desestabilizar todo o sistema financeiro.




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