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| A segunda evita problemas sistêmicos imediatos. Contudo, a opção do Banco Central de sempre assumir a totalidade dos riscos privados inerentes ao funcionamento do sistema de pagamentos não é política ótima, pois traz dois graves problemas. Primeiro, remove o incentivo dos bancos para introduzir controles próprios de proteção contra o impacto do default de outros bancos sobre o seu patrimônio. Segundo, os bancos tornam-se mais agressivos, assumindo maiores riscos em seus negócios, elevando o potencial de crises sistêmicas. Esse é o dilema do Banco Central do Brasil, cuja solução motivou o projeto de reestruturação do sistema de pagamentos brasileiro. Como as câmaras de compensação (clearing houses) não possuem instrumentos de controle de riscos, o Banco Central ocupa, na cadeia de pagamentos, o elo do banco inadimplente, concedendo crédito sem limite, via saque a descoberto em Reservas Bancárias, sem garantias e sem contrato. A concessão desse crédito pelo Banco Central é involuntária, sobretudo pela incerteza quanto ao saldo de reservas bancárias de cada banco ao final do dia. No Brasil, os desequilíbrios de fluxo de caixa dos bancos são equacionados no mercado secundário de reservas bancárias por meio de operações compromissadas lastreadas em títulos custodiados no Selic ou por meio de DI-Reserva. |
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