Essas três
premissas são facilmente verificáveis ao analisarmos atentamente
a estrutura de uma operação de floating.
a) O ganho dos bancos com o dinheiro aplicado (receita
bruta) é dado pela fórmula: ,
onde:
C
= é o capital, ou o valor que os bancos dispõem para aplicação.
É capital que ficou disponibilizado para livre aplicação
do banco.
i = é a taxa de aplicação. Se o banco não
tiver aplicação à disposição, deverá
considerar a taxa do interbancário. A taxa será sempre
a taxa do dia.
t = tempo,em dias, que o dinheiro ficou à disposição
do banco.
Observe que, quanto maior for, individualmente, capital,
taxa ou o tempo, maior vai ser o valor da receita bruta.
b) Não importa a época e nem as taxas de captação.
Quando o dinheiro é oriundo de operações de floating,
o banco nada paga pela sua captação, ou seja, não
há despesas de juros para o banco.
c) O lucro bruto é sempre igual à receita
bruta, ou seja, a influência da taxa de aplicação
continua sendo determinante.
Desse modo, podemos concluir que, dada uma determinada
operação, basta aumentarmos qualquer um de seus componentes,
capital, taxa ou tempo, teremos um aumento na receita bruta.
Mas,
quando o capital é maior?
Quando a operação é considerada volumosa (normalmente
uma operação de atacado, envolvendo grandes empresas),
ou, sendo operação de pequeno porte, ela é disponibilizada
com freqüência, em grande quantidade. Normalmente isso ocorre
com operações de varejo, que envolvem pessoas físicas
ou pequenas empresas.
Quando
a taxa é maior ou menor?
A taxa do interbancário representa uma média das taxas
que os bancos estão pagando aos clientes. Essas taxas pagas pelos
bancos têm a ver, em última instância, com as taxas
básicas da economia, entre as quais a taxa de juros interna (uma
espécie de média de taxas de juros), que é influenciada
pela inflação.
Quando
o tempo é maior ou menor?
Depende do tipo de operação: a compensação
de um cheque pode durar desde 1 até 14 dias (locais de difícil
acesso). Só com esse exemplo pode-se ver a variação
do prazo.