Financiamentos
rurais - As atividades agropecuárias são amparadas
pelo governo brasileiro na forma de financiamento. A destinação
dos empréstimos atinge três grandes linhas de financiamento:
•
investimento
• custeio
• comercialização
As taxas cobradas nessas operações são
consideradas as mais baratas do mercado. Muitos “não-produtores”
tentam tomar empréstimos nos bancos alegando ter direito a essas
operações, o que se constitui em crime. Os verdadeiros produtores
nem sempre conseguem obter, no seu negócio, rentabilidade suficiente
para pagar essas taxas, mesmo sendo baratas. Então assistimos,
anualmente, protestos dos produtores reclamando “das altas taxas”
e protesto dos não-produtores “querendo ter direito a essas
taxas favorecidas”.
Existem dois tipos de recursos que determinam o tipo de taxas:
Existem
dois tipos de recursos que determinam o tipo de taxas: |
Recursos
controlados |
Recursos
não controlados |
São
aqueles que o Governo obriga os bancos a emprestarem, como função
social dos mesmos: a taxa de juros é de 8,00% ou 8,75% ao
ano, de acordo com o tipo de empréstimo, e o Governo não
compensa os bancos por esses empréstimos. Os bancos que não
conseguem atingir o valor obrigatório a ser emprestado (emprestaram
abaixo do determinado pelo Governo) podem vender (emprestar) o dinheiro
a outros bancos que sejam mais eficientes na distribuição
dos recursos. Com isso eles atendem às exigências governamentais.
O risco pelo não pagamento dos empréstimos é
sempre do banco. |
São
aqueles que o Governo autoriza os bancos a emprestarem, em seu nome,
mas ainda com risco do banco.
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O Governo
autoriza os empréstimos até um determinado limite. Os bancos
cobram:
1) uma atualização monetária usando taxas
como a TR (aquela que corrige as cadernetas de poupança)
ou a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, uma taxa especial que
o governo criou para corrigir empréstimos agropecuários,
e que pode ser alterada trimestralmente pelo próprio Governo);
2)
uma sobretaxa de juros sobre o valor corrigido dos empréstimos.
O Governo compensa os bancos para que eles tenham vontade de fazer
esses empréstimos.
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Para um banco
ter vontade de emprestar, ele precisa ter lucro. Logo, o Governo fornece
vantagens financeiras aos bancos para que eles emprestem o dinheiro. |