| A ecologia
profunda veio para superar o pensamento cartesiano valorizando, essencialmente,
as ciências da vida. Dessa forma, sendo a profissão de administrador
intrinsecamente ligada às ciências da vida, a responsabilidade
de estudá-las, reconhecê-las e integrá-las às
organizações, é uma das tarefas essenciais do administrador
do século XXI.
Para isso, deve-se ter consciência de que os valores da natureza
estão ali cerceados na experiência profunda, ecológica
ou espiritual, de que a natureza e o eu são um só. Essa
expansão do eu até a identificação com a natureza
é a instrução básica da ecologia profunda,
como Arne Naess claramente reconhece:
“O cuidado flui naturalmente se o eu é ampliado e aprofundado
de modo que a proteção da natureza livre seja sentida
e concebida como proteção de nós mesmos...
Da mesma forma, se o eu, no sentido amplo dessa palavra, abraça
um outro ser, você não precisa de advertências
morais para demonstrar cuidado e afeição.... Você
o faz por si mesmo, sem sentir nenhuma pressão moral para
fazer... Por ser a realidade é como é experimentada
pelo eu ecológico, nosso comportamento, de maneira natural
e bela, segue normas de estrita ética ambientalista.”
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