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Partindo desse princípio, para explicar qualquer fenômeno ter-se-ia que entender todos os outros, o que, evidentemente, seria impossível. O autor afirma, então, que “o que torna possível converter a abordagem sistêmica numa ciência, é a descoberta de que há conhecimento aproximado”. Sob a ótica do paradigma cartesiano, há a crença no conhecimento científico de que todas as coisas podem ser explicadas completa e definitivamente com o desenvolvimento da ciência. Já para o novo paradigma emergente, despertado a partir das descobertas da física quântica nas primeiras décadas do século passado, todas as concepções e todas as teorias científicas são limitadas e aproximadas e a ciência, ao contrário, nunca pode fornecer uma compreensão completa e definitiva. Para comprovar essa teoria é possível fazer mentalmente a seguinte simulação:
Conclui-se,
portanto, que a ciência não seria neutra, uma vez que o próprio
observador interfere na experiência. Por mais precisas que sejam
as fórmulas, elas serão sempre uma aproximação.
Alguém pode indagar que o experimento possa ser conduzido em laboratório,
sem a interferência do experimentador. Essa idéia de laboratório
também é falha, pois nenhum laboratório pode reproduzir
toda a riqueza das variáveis de um ambiente, ou seja, trata-se
de um modelo e, portanto, de uma aproximação. Não
se trata de negar o conhecimento gerado pela experiência, mas de
desenvolver um raciocínio ampliado das múltiplas inter-relações
entre todos os fenômenos. |
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