A partir do final da Segunda Grande Guerra, um grupo de cientistas, entre eles, Norbert Wiener, John von Newmann, Claude Shanon e Warren McCullock, compuseram uma rede de comunicação informal para investigar interesses científicos comuns. Esses cientistas eram de diferentes áreas, formando um grupo multidisciplinar no qual estavam representadas disciplinas como Matemática, Neurociência, Ciências Sociais e Engenharia. Suas preocupações concentravam-se em padrões de comunicação e, especialmente, em ciclos fechados e em redes. As investigações levaram-nos às concepções de retroalimentação e de auto-regulação e, mais tarde, à de auto-organização.

De acordo com Norbert Wiener, em sua obra Cibernética e Sociedade, além da teoria da transmissão de mensagens de engenharia elétrica, havia um campo mais vasto que incluiria o estudo das mensagens como meio de controlar as máquinas e a sociedade, o desenvolvimento de computadores – outros autômatos (robôs), reflexões acerca da psicologia e do sistema nervoso e uma nova teoria conjetural do método científico. Esta teoria, mais abrangente, seria uma teoria probabilística. Como não havia, até aquele momento, uma palavra específica para designar esse complexo de ideias, de forma a abarcar todo o campo em um único termo, Wiener decidiu pelo termo Cibernética, derivado da palavra grega kubernets, que significa piloto. A idéia é de que, quando um barco se desvia de seu curso original – por exemplo, para a direita –, o piloto avalia o desvio e tenta corrigi-lo movendo o leme para esquerda. No entanto, o desvio para a esquerda pode ser maior que o necessário e o piloto deverá mover o leme para a direita, fazendo uma nova correção. Desse modo, ele conta com a retroalimentação contínua para manter o barco em sua rota. A habilidade de guiar um barco consiste em manter essas oscilações as mais suaves possíveis.