Pensadores Sistêmicos devem desenvolver uma visão crítica de todo o sistema social e, entre eles, das magatecnologias de informação que estão dominando as sociedades industrializadas de todo o mundo, tornando-se rapidamente autônomas e totalitárias, redefinindo concepções básicas de vida e eliminando visões de mundo alternativas. Além disso, o uso excessivo dos computadores tem levado ao empobrecimento espiritual e à perda de diversidade cultural.

Pensar sistemicamente sobre as tecnologias de informação não é, evidentemente tomar uma posição neo-ludista, mas ter uma visão ampliada dos modelos econômicos e sociais de desenvolvimento que desejamos ter, e de nosso compromisso para com as gerações futuras.

As tecnologias trouxeram, inegavelmente, grande progresso para a humanidade. O que se discute é o seu uso, como, por exemplo, na educação. Por trás de toda uma revolução informacional – consagrada e apoiada – de utilização de computadores nas escolas, está a poderosa indústria de computadores e aplicativos, que incentiva o uso de computadores até no jardim-de-infância.

Como bem afirma o professor Carlos Seabra em seu artigo, “Uma nova educação para uma nova era”, identificando o que seja, realmente, o uso de tecnologia:


“Tecnologia educacional é, por exemplo, usar uma lata de água, um pedaço de madeira e uma pedra para explicar a flutuação dos corpos; apertar a tecla de um vídeo sobre o assunto e deixar os alunos assistirem passivamente, em contrapartida, nada tem de tecnologia”.



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