| Resumo
O processo de Modelagem e Simulação de Negócios é uma atividade relativamente complexa. Não se deve, contudo, confundir complexidade com dificuldade. Esta última é superada durante próprio processo reflexivo de construção de modelos. A sociedade atual, segundo o físico Fritjof Capra, passa por uma transição de paradigmas, em que o novo paradigma que se apresenta é denominado de “visão holística”. Também pode ser utilizado o termo “visão ecológica” em um contexto amplo, em que se considera todas as interligações entre os componentes dos sistemas nos quais estamos inseridos. Enquanto o velho paradigma está fundado em valores antropocêntricos, a ecologia profunda se baseia em valores ecocêntricos (centralizados na terra). Isso significa dizer que a ecologia profunda reconhece o valor de todos os sistemas vivos não humanos e que, se essa rede de interdependência entre os sistemas humanos e a natureza for rompida, significará a extinção do próprio homem. Essa percepção da ecologia profunda deve fazer parte de nossa vida cotidiana, pois está intrinsecamente ligada à Ética. O Pensamento Sistêmico muda a visão das partes para o todo e tem a capacidade de deslocar a atenção de um lado para outro entre níveis sistêmicos. No Pensamento Sistêmico, a idéia do conhecimento como um edifício construído por vários blocos de conhecimento sobrepostos é substituída pela de rede. Quando se observa a realidade em termos de uma rede, forma-se em nosso cérebro também uma rede interconectada de conceitos e de modelos fundamentados. Uma das maiores críticas do Pensamento Sistêmico é em relação à fé desenvolvida pelas pessoas nas tecnologias de informação. Pensadores Sistêmicos devem desenvolver uma visão crítica de todo o sistema social e, entre eles, das megatecnologias de informação que estão dominando as sociedades industrializadas de todo o mundo, tornando-se rapidamente autônomas e totalitárias, redefinindo concepções básicas de vida e eliminando visões de mundo alternativas. O uso dos computadores, em muitas escolas, baseia-se na premissa dos seres humanos como processadores de informação, o que reforça continuamente concepções mecanicistas errôneas sobre o pensamento, o conhecimento e a comunicação, afirma Capra. A informação é apresentada como a base do pensamento enquanto que, na realidade, a mente humana pensa com idéias e não com informações. Idéias são padrões integrativos que não derivam de informação, mas sim da experiência. Isso significa que todo conhecimento significativo é conhecimento contextual, vivencial, ou seja, aplicado ao ambiente do indivíduo, e, em grande parte, tácito. |
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