Muitos pensadores têm recorrido à mitologia no sentido de facilitar a compreensão de raciocínios mais elaborados e complexos. No que tange à interdisciplinaridade, um aspecto bastante significativo, e que é abordado neste módulo, passa pela elaboração de seu próprio conceito. A existência de vários conceitos revela uma dificuldade de definição que está, muito possivelmente, relacionada ao caráter de práxis do termo. É neste ponto que se situa o elemento
tangenciador ao mito de Ísis: a reconstrução do corpo de Osíris não se dá de forma teórica, mas na prática “Ísis sai novamente em busca do marido...” É a antítese do saber compartimentado, departamentalizado e inerte. Como relata o pensador Hilton Japiassu:


“[ a interdisciplinaridade] ... não se aprende nem se ensina, mas se vive, pois é fundamentalmente uma atitude de espírito, feita de curiosidade, de abertura, no sentido de aventura e da descoberta, de intuições das relações existentes entre as coisas e que escapam à observação comum.”



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