Para Julie Klein, da Wayne State University de Detroit (EUA), as atividades interdisciplinares são o resultado de desenvolvimentos históricos e contemporâneos nas disciplinas, profissões e novos campos interdisciplinares que surjam.

Complementando a apresentação de conceitos sobre o tema, cabe aqui acrescentar algumas terminologias elucidativas:


“DISCIPLINARIDADE - conjunto sistemático e organizado de conhecimentos que apresentam características próprias nos planos do ensino, da formação, dos métodos e das matérias.”



“MULTIDISCIPLINARIDADE - gama de disciplinas propostas que propomos simultaneamente, mas sem fazer aparecer as relações que podem existir entre elas.”



“INTERDISCIPLINARIDADE - axiomática comum a um grupo de disciplinas conexas e definida no nível hierárquico imediatamente superior, o que introduz a noção de finalidade.”



“PLURIDISCIPLINARIDADE - justaposição de diversas disciplinas situadas geralmente no mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer as relações existentes entre elas.”

Tais terminologias apresentadas foram colocadas por H. Japiassu (1976), em seu livro sobre a interdisciplinaridade e a patologia do saber. Para o autor, a especialização – tão freqüente na atualidade – é a fragmentação das disciplinas, dos objetivos, da experiência. Ela revela muito mais o sintoma da situação patológica na qual se encontra o saber, do que se constitui como um progresso do conhecimento. Japiassu considera que o objeto epistemológico só será apreendido na interdisciplinaridade, sendo, pois, preciso que cada especialista esteja impregnado de um espírito epistemológico suficientemente amplo, para que possa observar as relações de sua disciplina com as demais, não negligenciando o terreno de sua própria especialidade.



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