3 - Compreendendo um modelo

Uma definição primária de modelo é que ele é uma representação de uma parte da realidade. Contudo, é interessante lembrar as palavras do Conde polonês e matemático Alfred Korzybsky (1879-1950):

O mapa não é o território, a palavra não é coisa que descreve. Sempre que o mapa é confundido com o território, instala-se no organismo uma perturbação semântica. A perturbação continua até serem reconhecidas as limitações do mapa.”

O que Korzybsky quer dizer é que um modelo não pode ser confundido com a realidade e, se isso acontece, haverá uma interpretação equivocada do modelo, o que remete à idéia de um modelo não ser apenas uma simplificação da realidade.

Modelos têm um motivo pelo qual são construídos, os quais, por sua vez, vão determinar os seus próprios limites. Assim, um mapa hidrográfico da Amazônia é um modelo com o objetivo, por exemplo, de auxiliar a navegação em um território relativamente complexo e definido. Esse modelo deve ser simplificado justamente para facilitar a sua interpretação e para que seja ÚTIL. Se um mapa tem tantos detalhes que se aproxima da própria realidade, sua noção de utilidade estará seriamente comprometida, pois tenderá a ser tão complexo como a própria realidade. A utilidade do modelo foi muito bem expressa por W. Edwards Deming (1902-1986), o chamado “pai da qualidade total”:



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