Em segundo lugar, Pidd amplia os objetivos do modelo (entender, mudar, gerenciar e controlar), como também, sua noção de utilidade e valor, à medida que, dentro das ciências administrativas, não impõe uma estrutura hierárquica para seu uso. Em outras palavras, a modelagem não é prerrogativa das pessoas que detêm poder dentro de uma organização, mas uma metodologia que pode ser utilizada por todos aqueles que desejem trabalhar com uma determinada realidade.

O professor e diretor do Grupo de Sistemas Dinâmicos do Massachusetts Institute of Technology – MIT, John D. Sterman, afirma em seu artigo “A Skeptic’s Guide do Computer Models” que em vários e diferentes momentos da vida as pessoas se depararão com resultados de análises realizadas por modelos computadorizados e deverão julgar sua validade e relevância. Infelizmente, a maioria das pessoas não está capacitada para fazer isso de uma maneira inteligente, já que enxergam os computadores e os modelos como uma grande “caixa preta”, dispositivos que operam misteriosamente. Por isso, é fácil e provável serem estas pessoas usadas, acidental ou intencionalmente, para que terceiros atinjam seus objetivos. Segundo o autor, muitos modelos já foram construídos e usados para justificar decisões erradas já tomadas e ações desastrosas já realizadas anteriormente, em uma tentativa de livrar “cientificamente” os responsáveis, da culpa que lhes cabia.



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