Os gerentes também são influenciados pelas relações de autoridade, pelo contexto organizacional, por pressões diretas, por questões culturais e motivações pessoais. Estudiosos organizacionais identificaram dúzias de interferências que podem influenciar o processo de tomada de decisão, implicando, não raras vezes, em decisões erradas. Para o autor, tomar decisões é tão complicado como montar um grande quebra-cabeça.

Por outro lado, os modelos computadorizados realizaram avanços em relação aos modelos mentais em diferentes aspetos:


  • Eles são explícitos. São totalmente documentados e podem ser revistos por qualquer pessoa;
  • Infalivelmente, demonstram as conseqüências das “verdades” assumidas pelo modelador;
  • Eles são compreensíveis e capazes de inter-relacionar muitos fatores simultaneamente.

Atualmente, um modelo computadorizado com essas características tem grandes vantagens sobre um modelo mental, afirma Sterman. Na prática, contudo, modelos computadorizados estão em um nível abaixo do ideal:


  • A documentação é pobre e complexa dificultando seu estudo e compreensão;
  • Eles são tão complicados que os usuários não têm confiança em sua consistência e exatidão;
  • Eles são incapazes de tratar relacionamentos e fatores difíceis de quantificar, para os quais não existam dados ou fujam ao leque de conhecimentos da pessoa que está modelando.

Devido a essas possíveis falhas, os modelos computadorizados precisam ser examinados cuidadosamente pelos potenciais usuários. Mas, em que bases esses modelos devem ser julgados? Como alguém pode saber se um modelo foi bem ou mal desenhado, se seus resultados serão válidos ou não? Como um usuário que deseja pesquisar soluções pode decidir se um tipo de modelagem ou um modelo específico é adequado para o problema que tem em mãos? Como usos indevidos de um modelo podem ser detectados e prevenidos? Não existe uma resposta pronta e clara para todos esses questionamentos, mas algumas sugestões úteis serão abordadas no próximo módulo.



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