Os pressupostos das abordagens Soft defendem a idéia de que os modelos são construídos para permitir às pessoas pensarem mediante suas próprias posições e engajarem-se em debates com outras pessoas para determinar o curso de possíveis ações. A definição dos problemas não é direta, podendo ser bastante complicada, já que se supõe os problemas como resultados de construções sociais, dos relacionamentos das pessoas e do ambiente que as cerca, dotando-os, portanto, de características psicológicas subjetivas e muito mais complexas de serem modeladas. Isto contrasta com a visão comum em abordagens Hard, de que o trabalho se inicia uma vez que tenha sido definida uma necessidade e é imprescindível supri-la, enfatizando-se “o como” e não “o por quê”. As metodologias Soft são baseadas no pressuposto de as percepções do mundo das pessoas terem variações e que suas preferências possam também diferir. Desta forma, afirma Pidd, é importante tentar compreender as diferentes maneiras pelas quais os diferentes atores interessados podem encarar o tratamento das questões em estudo. A tabela a seguir resume as principais diferenças entre as abordagens hard e soft, embora se deva ter em mente as diferenças apresentadas, visando isolar-se as distinções entre os dois estereótipos, e as muitas matizes existentes entre eles.
Fonte PITT (1998) Finalmente, é preciso fazer um alerta em relação a esses conceitos e a Dinâmica de Sistemas, para a qual essas características podem não ser tão óbvias, na medida em que esta tem por base uma analogia com os sistemas físicos. Contudo, o foco de uma análise de dinâmica de sistemas em processos organizacionais ativos força a discussão de uma série de fatores subjetivos levando a análise, quase que inevitavelmente, para a linha de abordagem soft. |
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