| O
especialista Dornelas, citado anteriormente, acrescenta outros fatores de
falência das empresas, como a crise econômica, a falta de incentivos
e subsídios do governo às Médias e Pequenas Empresas
– MPE exportadoras, altas taxas de juros, acesso restrito ao crédito,
exigência de contrapartidas elevadas ao se pleitear financiamentos
junto a bancos, a crescente concorrência estrangeira etc. O professor
observa que os fatores citados são de ordem macroeconômica
e difíceis de serem modificados ou contornados pelos empreendedores
individualmente. Ressalta que essa luta deve ser encaminhada pelas representações
de classe das PME’s, e ao empreendedor cabe a tarefa de: planejar,
planejar, planejar...
Uma das restrições seria a ausência
de uma cultura de planejamento por parte dos empreendedores brasileiros.
Para reverter esse feedback negativo deve-se transformar o sonho em ações
concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples técnica,
embora tediosa para muitos, de se transformar sonhos em realidade: o planejamento.
Segundo o U.S. Small Business Administration (SBA, 1998), uma das principais
razões de falência das MPE americanas é a falta de
planejamento do negócio, exatamente como ocorre no Brasil. Quando
se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três
fatores críticos que podem ser destacados:
1. Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio
para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a
investidores, bancos, clientes etc;
2. Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos
financeiros necessita de um plano de negócios da empresa
requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio,
e
3. Poucos empresários sabem como escrever adequadamente
um bom plano de negócios. A maioria destes são micro
e pequenos empresários e não têm conceitos
básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa,
ponto de equilíbrio, projeções de faturamento
etc. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem
colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.
|
|