Outro relatório contábil amplamente utilizado pelos gestores e pelo mercado e de suma importância para o nosso curso é a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

Ao contrário do Balanço Patrimonial a DRE é um relatório dinâmico. Ele mede o desempenho durante um período específico e é apresentado na forma dedutiva, com detalhes de receitas, despesas e impostos, culminando com a apuração do lucro ou prejuízo líquido.

As contas que formam a DRE são conseqüências das contas do Ativo e do Passivo. De forma simplificada para fins de entendimento, o Ativo possui contas patrimoniais que geram as Receitas de uma empresa, enquanto que o Passivo é responsável pelas despesas.

Para efeitos didáticos trabalharemos com uma estrutura básica de DRE, que começa pela Receita bruta das vendas ou prestação de serviços, dependendo do ramo da empresa.

Destas receitas são extraídos os custos, os impostos, as despesas operacionais, financeiras e não operacionais e adicionadas as receitas financeiras e não operacionais, conforme figura 03.

O resultado é subdividido em alguns subtotais como: lucro bruto, lucro operacional, lucro líquido antes do imposto de renda e lucro líquido.

A DRE possui duas características importantes que precisamos conhecê-las e, sobretudo entendê-las.

Assim como o Balanço Patrimonial, a DRE obedece ao regime de competência e é fechada anualmente ou semestralmente, dependendo do caso.

Quando aprofundarmos nossos estudos sobre análise de investimentos, utilizaremos de forma sistemática a DRE para a construção do fluxo de caixa da empresa ou do projeto. O fluxo de caixa é o principal componente da análise de investimento e obedece ao regime de caixa. Dessa forma, teremos que fazer algumas adaptações na ocasião.

A segunda consideração é que a DRE é um instrumento contábil e como tal possui contas com características meramente contábeis. Na construção do fluxo de caixa estas contas deverão ser excluídas ou realocadas, como é o caso da despesa com depreciação. Apesar de ser uma despesa ela não é um desembolso financeiro, mas sim um benefício contábil e fiscal dada à empresa em função de um investimento feito no passado. Exemplo.



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