Então, retomando o exemplo anterior, cuja TIR foi igual a 38,75%, vamos calcular a TIRM sabendo que a taxa de mercado para aplicação de recursos é de 10% ao período e a taxa praticada pelos bancos de financiamento é de 15% ao período, teríamos.

Dessa forma, o fluxo inicial que possuía 6 fluxos torna-se mais simples e transforma-se num fluxo de apenas 2 fluxos, conforme é mostrado abaixo:

Utilizando-se da fórmula de juros compostos ou da HP12C pode-se calcular a taxa deste novo fluxo conforme é mostrado abaixo:


A taxa calculada de 31,15% é a TIRM que comparada a TIR normal de 38,75% ou seja, quase 8 pontos percentuais menor.

O fato de a TIRM apresentar uma taxa menor que a TIR significa que há incompatibilidade entre a TIR e as taxas usuais de mercado. Os fluxos de caixa positivos ou lucros foram reinvestidos a uma taxa de 10% e não aos 38,75%. Já os fluxos negativos ou investimentos foram descontados a uma taxa de 15%, que era a taxa efetiva de custo dos recursos utilizados.


Portanto, a TIRM é uma versão melhorada e mais real da TIR, que elimina aqueles problemas matemáticos de resultados e raízes múltiplas quando da existência de vários fluxos invertidos, em função da adaptação proporcionada pela TIRM de construir apenas dois fluxos.

Outra vantagem da TIRM é eliminar o problema de reaplicação dos fluxos positivos gerados a uma taxa diferente à utilizada no mercado, e achar uma taxa que pode e deve ser comparada à TMA.

De forma prática, e sem entrar em detalhes polêmicos e avançados sobre a TIRM e conceitos contábeis, para fins de exercícios e utilização real da metodologia, a Taxa de Financiamento e de Reinvestimento serão a mesma. No nosso caso, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA).



Copyright © 2006 AIEC.