Vamos analisar outro exemplo, a partir de um critério para a elaboração de classificação dos bancos quanto ao risco.

O objetivo é evidenciar o prêmio que os bancos estão dispostos a pagar para conseguir captar, por exemplo, via CDB, os recursos financeiros de seus clientes. Parte-se da premissa de que quanto maior foi este prêmio, maior será o risco representado pelo banco. Deve-se assinalar que esse critério terá mais legitimidade se for considerado de forma conjunta com outros critérios, tais como patrimônio do banco, volume de operações e qualidade das mesmas.

Inicialmente, faz-se levantamento das taxas de juros pagas pelos bancos de 1a. linha para os CDB com prazo médio de 30 dias e faça-se a comparação dessas taxas com as dos demais bancos.

Como o risco bancário desses bancos de primeira linha são os mais baixos do mercado, indica-se essa taxa como risco zero. Um investidor ganhará um prêmio, acréscimo de taxa, ao aplicar seus recursos em um banco que não seja de primeiríssima linha.

Para a utilização desse critério, é necessário coletar diariamente as taxas de juros de todos os bancos, para CDB de 30 dias. Usando a notação io para a taxa de juros de risco zero, dada pela média das taxas de juros dos bancos de primeiríssima linha, e indicando por i a taxa de juros dos demais bancos, pode-se calcular o prêmio (s), ou seja, o acréscimo da taxa de juros para cada banco em relação aos bancos e risco zero.


(1+ i) = (1+ io)(1+s)


Como já foi visto, o resgate de uma aplicação financeira pode ser caracterizado por uma distribuição de Bernoulli, ou seja, o resgate do título é feito com o valor contratado ou não, podendo receber zero de resgate. Essa probabilidade de resgate zero é que caracteriza os problemas de liquidez do banco, sua credibilidade e, portanto, o risco, cujo efeito se quer captar.

 



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