2 - Motivos para mensuração de risco de mercado

No contexto dos modelos de formação de preços de ativos financeiros, o risco de mercado assume significado próprio, resultante de fator comum a um grande conjunto de ativos e que não pode ser reduzido por diversificação. É também denominado de risco sistemático ou risco não diversificável.


O risco de mercado provém de movimentos nos níveis ou nas volatilidades dos preços de mercado dos ativos financeiros.
O crescimento recente da indústria de gestão de risco pode ser atribuído diretamente ao aumento da volatilidade dos mercados financeiros desde o começo dos anos 1970. Vejamos alguns fatos que aconteceram a partir desse período.

Todos esses acontecimentos têm algo em comum: a imprevisibilidade. Os analistas financeiros mostram perplexidade com a rapidez das mudanças que muitas vezes geravam perdas financeiras substanciais. A administração de risco financeiro fornece proteção parcial contra essas fontes de risco.

Como se sabe, o mercado à vista é a pedra fundamental de qualquer mercado financeiro, de capitais ou de commodities, pois preenche a função primária e essencial de estabelecer um valor atual para todos os ativos financeiros. É uma pré-condição para o funcionamento eficiente de qualquer economia. Mas como esse valor atual altera-se em resposta a fatores técnicos e fundamentais, é crucial que um mercado à vista que funcione bem esteja aberto o mais freqüentemente possível. Nesse sentido, os mercados de câmbio estão perto de operar 24 horas por dia à medida que os maiores pedidos de transações com moedas são passados do Extremo Oriente para a Europa, para a América do Norte e de volta para o Extremo Oriente. Em muitos mercados, é útil, até mesmo necessário, suplementar os preços atuais do mercado à vista com um mecanismo que permita aos participantes antecipar o futuro, de forma que antecipando o futuro possam, com isso, neutralizar a incerteza do mesmo.

Entretanto, os preços futuros sozinhos não são suficientes. Qualquer preço futuro representa de alguma forma, a estimativa “média” do valor futuro do ativo; poderia haver um grande número de visões equivocadas que compõem essa média. Essa dispersão das visões individuais reflete a incerteza sobre eventos prováveis que poderiam afetar o valor futuro desses ativos.



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