Técnicas que foram desenvolvidas para medir a incerteza de preços de ativos financeiros incluem médias móveis, faixas de valores negociados e volatilidades históricas, mas todas sofrem da desvantagem de olhar para trás, para os preços históricos. Apesar de ser verdade que o passado influi no futuro, dados históricos nunca conseguem predizer adequadamente o futuro.

Os mercados à vista são o caixa ou os mercados físicos das várias classes de ativos: índices de ações, taxas de juros, moedas, metais básicos e preciosos e commodities. Qualquer um, negociando com instrumentos à vista, sabe que a principal preocupação é com as alterações de preços dos ativos financeiros. Dessa forma, o risco do mercado à vista tornou-se sinônimo de risco de preços e, sempre que alguém fala de risco no mercado à vista, ele está se referindo ao risco direcional que está associado com o preço à vista de um ativo movendo-se para cima e para baixo.

O risco de mercado cobre todos os riscos enfrentados por um gestor de um portfolio ou carteira de investimentos gerados por alterações nas condições do mercado. Para um portfolio que contenha ações da Petrobras, Eletrobras, Telemar, Bradesco, Banco do Brasil, aplicações em títulos públicos do governo federal, aplicações ou contratos de petróleo no mercado internacional, aplicações ou contratos de moedas estrangeiras (dólar, iene, e euro, por exemplo), movimentos nas condições de mercado são refletidos quase que exclusivamente por alterações de preço desses ativos. Para tal portfolio, o risco de mercado é quase igual ao risco de preço, pois mudanças adversas do preço podem ter impacto significativo na lucratividade futura.

Buscando minimizar esses riscos de mercado, alguns exemplos de medidas que têm sido estimuladas para os bancos estão relacionadas com a atualização diária a preços de mercado dos ativos financeiros. Além do VaR, outra medida conhecida no mercado financeiro para minimizar o risco de mercado é a marcação a mercado (ou mark-to-market – MtM).

Outra medida que procura ser tomada é o limite à exposição cambial dos bancos, impedindo assim que as variações cambiais provoquem ameaças ao risco sistêmico. Caso os bancos se aventurem em assumir posições ativas ou passivas em derivativos, também são exigidos aportes de capital compatível com o risco assumido. Enfim, todas as preocupações que existem com relação à variação dos preços dos ativos financeiros que potencializem riscos sistêmicos são motivos de regulamentação por parte das autoridades reguladoras e supervisoras do sistema financeiro nacional.



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