Vejamos um exemplo.
Suponha um investidor que possua uma carteira de aplicação
financeira cujo valor de mercado é R$ 1.000.000,00 e que seu
VaR seja R$ 20.000,00 (2%
do valor da carteira). Se esse VaR tem como parâmetros 99%
de confiança e foi calculado para 21 dias úteis, ele
deve ser interpretado da seguinte forma:
“Se o investidor mantiver essa carteira de R$ 1.000.000,00
nos próximos 21 dias úteis, com 99% de chance, ele não
perderá mais do que R$ 20.000,00.”
Suponhamos, agora, que o mesmo VaR (R$ 20.000,00) tenha 60% de confiança
e para 1 dia útil. A interpretação seria a seguinte:
“Se o investidor mantiver essa carteira de R$ 1.000.000,00
no próximo dia útil, com 40% de chance, ele poderá
perder mais do que R$ 20.000,00.”
Com isso tudo, o investidor pode manifestar o seu conforto ou o seu
desconforto com relação ao VaR de uma carteira, podendo,
assim, realocar a sua carteira de modo a ajustar o VaR ao padrão
de risco do investidor.
Existem diversos modos de calcular o VaR de uma carteira: modelos
histórico, paramétrico, não-paramétrico
e método de Monte Carlo (full simulation).
A adoção de qualquer um desses modelos passa por uma
série de passos, entre eles um estudo minucioso da distribuição
de probabilidade dos retornos da carteira em questão. Por exemplo,
no caso do VaR paramétrico assume-se que a distribuição
de probabilidade é normal, mas na maioria dos casos isso não
se verifica.
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