1 - Introdução aos testes

Todo modelo é uma tentativa de melhor aproximação da realidade. Os modelos de VaR são, como já foi visto, uma tentativa de inferir a perda máxima de uma carteira. Foi visto que existem diversos modelos para se calcular o VaR de uma carteira. A escolha do modelo mais adequado passa por uma série de passos, entre eles um estudo minucioso da distribuição de probabilidades dos retornos da carteira de investimentos sob análise. Por exemplo, no caso do VaR paramétrico assume-se que a distribuição de probabilidades é normal, mas na maioria dos casos isso não acontece.

Uma forma de avaliar a precisão da metodologia do VaR de uma instituição é comparar seus números de VaR previstos (ex-ante) produzidos pelo modelo interno com os lucros e prejuízos reais (ex-post).

O BIS (Banco de Compensações Internacionais) reconheceu que os bancos tinham que ser incentivados para garantir o valor de previsão de seus modelos de VaR, de forma que as regras de adequação de capital (Acordo de Basiléia) considerassem que, quanto mais próximo o valor fosse do valor previsto pelo modelo, menor seria a exigência de capital de risco de mercado. Esse incentivo era dado por meio de um fator de multiplicação sobre a exigência de capital. Quanto mais preciso fosse o número previsto, menor seria esse fator de multiplicação. Essa medida foi tomada pelo Comitê de Supervisão Bancária do BIS, pois percebeu que os números do VaR gerados internamente não permitiam um amortecimento suficiente contra movimentos adversos de mercado, severos ou prolongados de stress, ou contra riscos específicos.



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