2 - A visão de markowitz

Harry Markowitz revolucionou os meios acadêmicos quando publicou no Journal of Finance, em 1953, o clássico artigo Portfolio Selection, onde afirmou que a análise de carteiras inicia-se com a análise individual de cada título e termina com a obtenção da carteira eficiente que melhor atenda aos objetivos do investidor.

O autor foi o primeiro a reconhecer que a diversificação de risco é uma estratégia fundamental para a montagem de uma carteira vencedora. Esse artigo é considerado o marco histórico do surgimento da Moderna Teoria de Finanças, que utilizou conceitos estatísticos para diversificação do risco de carteiras de investimento.

A diversificação dos investimentos tem por objetivo a redução do risco e a adequação da carteira às reais necessidades do investidor no curto, médio e longo prazo. Há sempre uma combinação ótima de ativos para cada nível de risco.


O modelo de Markowitz baseia-se nas seguintes hipóteses:

1. O investidor preocupa-se apenas com o risco e com o retorno do investimento;
2. O investidor tem preferência por retorno maior e risco menor;
3. Os investidores desejam ter carteiras eficientes;
4. Os investidores estão de acordo quanto às distribuições de probabilidades das taxas de retorno dos ativos, o que assegura a existência de um único conjunto de carteiras eficientes.


Na prática, a “Teoria do Portifólio” pode ajudar ao gestor de investimento da empresa a alcançar o nível ótimo de rentabilidade, ao mesmo tempo em que minimiza o risco no longo prazo em todas as classes de ativos, em especial nas ações e, conseqüentemente, nos fundos de renda variável.

Parte do risco de um investimento, independentemente da diversificação, não poderá ser reduzido. A única forma de fazê-lo é por meio da aplicação em ativos de renda fixa, ou seja, menos voláteis tais como: os certificados de depósitos bancários (CDB), os fundos de renda fixa e a tradicional caderneta de poupança.

O monitoramento integrado de riscos é um procedimento altamente recomendado. Considerar apenas o retorno ajustado ao risco não é uma garantia de se obter os benefícios da diversificação, sendo necessário uma criteriosa análise das correlações dos ativos disponíveis no mercado.



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