O índice Q de Tobin relaciona o valor de mercado de uma empresa com o valor de reposição de seus ativos. É um índice bastante revelador do potencial de valorização da empresa, indicando a riqueza agregada pelo mercado como reflexo de seu poder de gerar lucros. Uma variante o Q de Tobin muito adotada pelos analistas é a medida denominada MVA (Market Value Added), obtida pela diferença (e não relação, como proposto por Tobin) entre o valor de mercado e o valor de investimento dos ativos geralmente mensurados a preço histórico corrigido. É a riqueza que uma empresa gerou a seus acionistas, demonstrada em valores absolutos pelo retorno que puderam auferir de seus investimentos na empresa. A dificuldade maior do Q de Tobin é o cálculo do valor de mercado da empresa e do preço de reposição de alguns ativos, principalmente aqueles de características mais específicas para uma empresa. O Q de Tobin considera o valor total da empresa. Se o indicador for menor que 1,0, revela que a empresa pode alcançar no mercado é inferior ao que se gastaria para construí-la, calculado a preços de reposição. Essa situação é de destruição de valor, conseqüência de uma gestão equivocada, incapaz de remunerar de forma atraente o capital investido. Um Q de Tobin maior que 1,0, de outro modo, é determinado quando o valor de mercado da empresa for superior ao preço de reposição de seus ativos, verificando-se a agregação de um goodwill em seu preço. Neste caso, há uma criação de riqueza adicionada ao valor de mercado da empresa.
Uma empresa agrega valor aos seus acionistas quando é capaz de produzir um retomo acima do exigido pelo mercado. Assim, se a expectativa do mercado acionário é de uma remuneração anual de 14% em determinada ação, e o papel oferecer um retomo de 18% no período, por exemplo, é inegável a criação de valor pela empresa, motivada por uma gestão mais eficiente dos recursos dos proprietários. Com isso, há uma valorização de seu valor de mercado, refletida na elevação do Q de Tobin. |
Copyright
© 2006 AIEC.
|