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1 - Estratégia e Planejamento Empresarial A crescente globalização dos mercados aumentou a competição entre as empresas e o desafio de sua manutenção e sobrevivência. A globalização criou modificações em tal profundidade que é ainda difícil avaliar todos os aspectos do fenômeno. Ela transformou os padrões de tempo e espaço, e agora problemas econômicos como concorrência, inflação, recessão, demanda e mercado fazem parte da realidade dos gestores de atividades das empresas. Pequenas empresas que até pouco tempo atrás sequer haviam cogitado sua exposição ao mercado externo, hoje precisam competir pela preferência dos clientes com experientes competidores globais. O emprego cada vez maior da informática, associado às telecomunicações, elimina barreiras, encurta distâncias e aproxima pessoas e organizações.
A atividade
econômica mundial está vivendo um processo de transformação
e passando do sistema de manufatura e produção em massa
para a prestação de serviços e troca de informações.
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O fato é que a economia moderna é muito diferente daquela sobre a qual foi desenvolvida grande parte da teoria econômica. Para as empresas, as implicações resultantes são enormes. A disponibilidade rápida de dados confiáveis para a tomada de decisão é um exemplo e seu valor para a gestão estratégica empresarial continuará a crescer em ritmo acelerado. Concomitantemente, a tecnologia está revolucionando o modo de competir das organizações. Produção flexível e redução do tempo de resposta, oriundas de desenvolvimentos tecnológicos em curso, estão sendo consideradas novas fontes de vantagem competitiva.
É necessário ponderar, entretanto, que sobreviver e conquistar participação de mercado não é uma tarefa fácil para as empresas. A agilidade surge como requisito ímpar da estratégia empresarial, pois em época alguma da história a velocidade de mudança foi tão grande. Hoje, a única certeza das organizações é a incerteza. |
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2 - A Origem da Estratégia A finalidade da estratégia é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos e os programas de ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos e desafios estabelecidos.
Na literatura disponível, é consenso que o conceito atual de estratégia está relacionado com as operações militares e as suas táticas de guerra, nas quais são encontrados todos os elementos que a valorizam, tais como:
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Por volta do ano 500 a.C., o famoso general japonês Sun Tzu, autor dos manuscritos que deram origem ao livro “A Arte da Guerra”, considerado até hoje uma leitura obrigatória para estudiosos do tema estratégia, dizia que:
A palavra estratégia significa, literalmente, “a arte do general”, derivando-se da palavra grega strategos, que significa general. Antes de Napoleão, estratégia significava a arte e a ciência de conduzir forças militares para derrotar o inimigo. Na época de Napoleão, a palavra estratégia estendeu-se aos movimentos políticos e econômicos visando a melhores mudanças para a vitória militar.
Em termos militares, a estratégia está relacionada com a disposição dos exércitos e a tática relaciona-se com a maneira de lutar. O conceito de estratégia aplicado aos negócios aparece no final da década de 50 nas grandes corporações americanas. Este conceito surgiu da necessidade das empresas em conhecer com clareza o seu campo de atuação, as suas orientações para o crescimento e os seus objetivos. Entretanto, deve-se considerar que no contexto empresarial, as batalhas e os inimigos nem sempre são claramente identificáveis. Dessa maneira, a estratégia empresarial pode ser descrita como um conjunto de regras de decisão e diretrizes definidas pelo alto escalão das empresas. É
a origem da discussão sobre a definição do negócio
empresa, ponto de partida do processo tradicional de planejamento estratégico.
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3 - Estratégia e Qualidade O crescimento econômico não é simplesmente o resultado de maior produção com menos recursos, mas também do melhor suprimento de demanda progressivamente mais heterogênea. Padrões de vida e crescimento econômico dependem da produtividade dos recursos econômicos, bem como da qualidade da produção gerada por esses recursos. Como conseqüência, qualidade e produtividade passaram a constituir preocupações constantes para nações e empresas em todo mundo, especialmente a partir dos primeiros movimentos de globalização da economia.
Cada organização tem sua definição de qualidade, porém, é a definição do cliente a que realmente importa, ou seja, as especificações sobre qualidade são fixadas com base no que os executivos das empresas percebem como importante, mas as perspectivas dos gerentes podem diferir consideravelmente da ótica dos clientes. |
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Adam Smith, há mais de 200 anos, observou que a simples finalidade da produção é servir ao consumo. Portanto, qualquer avaliação global da qualidade deverá ser feita no nível da demanda ou consumo e não no nível da oferta ou produção. Trata-se da avaliação subjetiva da qualidade por parte do cliente e seu subseqüente comportamento de compra que determina a taxa de retorno de quaisquer investimentos em qualidade. Portanto, qualidade não é conformação às especificações da empresa. Qualidade é a conformação às especificações do cliente, constatação que tem repercussão fundamental na estratégia competitiva das organizações.
A competitividade configura-se como assunto estratégico na gestão empresarial em decorrência da acirrada disputa por clientes, fruto da integração de mercados. A busca pela competitividade tem seguido a tendência geral de evolução ligada à visão estratégica da qualidade, que seja, o foco no cliente, como mola propulsora do desempenho empresarial. |
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4 - Estratégia e Desempenho Empresarial Gerir a visão estratégica das organizações, traduzida por objetivos de empregados, colaboradores, clientes e investidores, não constitui prática regular de grande parte das organizações brasileiras. Em meados da década de 90, o Instituto Americano de Contadores Públicos, por meio de uma publicação detalhada, enfatizou a importância da mensuração de indicadores não-financeiros e voltados para o futuro, como por exemplo:
Poucas coisas são tão importantes para o desempenho empresarial como a sua medição, até porque é impossível gerenciar o que não se consegue medir. Tradicionalmente, a preocupação das organizações tem-se concentrado na medição de seus resultados financeiros, traduzidos por vários indicadores, tais como:
Entretanto, para Heskett (1994), estes indicadores, apesar de extremamente importantes, refletem os resultados finais do processo.
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O reflexo da valorização dos indicadores não-financeiros é um ciclo virtuoso para as empresas, que seja, funcionários motivados, clientes fidelizados e satisfeitos com o serviço prestado e, por fim, melhora dos indicadores financeiros. Portanto, o processo de gestão estratégica das organizações principia com a estratégia de recursos humanos que, por sua vez, afeta a estratégia de qualidade da empresa que, repercute em sua estratégia de marketing. Esta, finalmente, tem impacto na estratégia financeira, explicando, no processo como um todo, o desempenho empresarial.
Para as empresas, o objetivo econômico principal é criar ativos que maximizem retornos. Contudo, a natureza dos ativos e sua medição mudaram, fruto das grandes mudanças havidas na economia nos anos recentes. |
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Ativos tangíveis, tais como prédios e equipamentos não constituem os ativos mais importantes na economia moderna. Os ativos intangíveis vêem se tornado cada vez mais significativo para a formação do valor agregado de mercado das ações da empresa, O MVA (market value added).
Dentre os ativos intangíveis, o mais crítico é a força e a magnitude dos relacionamentos da organização com seus clientes. Sua medição precisa torna possível relacionar tais ativos com a receita deles derivada, isto é, fundamental à gestão e às decisões de investimento. A contabilidade tradicional desenvolvida há séculos, não considera esses relacionamentos nem outros importantes ativos intangíveis, como o valor da marca e os deixa fora do balanço, produzindo relatórios financeiros que fornecem uma visão distorcida da lucratividade da empresa.
Se a contabilidade
incorporasse a satisfação do cliente como ativo no balanço,
provavelmente haveria uma melhor compreensão do relacionamento
entre a condição atual da empresa e sua futura capacidade
de produzir riqueza. |
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O grau de satisfação do cliente pode indicar aos administradores e investidores pelo menos dois fatores:
E o que esses fatores têm a ver com o planejamento financeiro? A resposta é simples: tudo. Basta lembrar que clientes satisfeitos representam ativo real, embora intangível, das organizações.
Por definição, ativo econômico é o que gera fluxos futuros de receita. Quando medida de forma correta, a satisfação do cliente pode ser usada nas projeções dos resultados financeiros das empresas. Para isso, faz-se necessária a criação de sistema de gestão dos clientes como ativo empresarial, baseado em metodologia de mensuração precisa, que integre as medições da satisfação do cliente com as funções operacionais do negócio. |
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Os seres humanos têm uma forte necessidade de dominar e controlar o ambiente onde vivem. Não gostam de surpresas nem de incertezas acerca do futuro. Da necessidade de controlar o ambiente e da aversão às incertezas surgiu uma outra necessidade: a de fazer previsões.
A previsão pode ser elaborada de várias maneiras, seja por meio de adivinhações, profecias, astrologia, meteorologia... O objetivo de todas essas técnicas de previsão é visualizar o futuro para reduzir os riscos e as incertezas associados a ele. Segundo Newbold (1998), a previsão tem o objetivo de ajudar no entendimento de ambientes incertos, permitindo que melhores decisões sejam tomadas. O autor ressalta que as técnicas de previsão são ferramentas úteis para os gerentes, porém não substituem a experiência e a familiaridade com o ambiente do negócio. Tais técnicas devem ser utilizadas como instrumentos auxiliares para aguçar e melhorar o conhecimento dos gestores. Já o planejamento envolve o processo de definição de objetivos e o desenvolvimento de estratégias para atingí-los.
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Fahey e Randall (1994) afirmam que o papel do planejamento é prover mecanismos para coordenar o desenvolvimento de estratégias e a sua execução e requer o comprometimento integral da administração da empresa. A combinação da previsão com o planejamento não elimina a incerteza, apenas permite que se conviva melhor com ela. Essa combinação, realizada através dos orçamentos, elimina a incerteza desnecessária, uma vez que sistematiza a informação disponível sobre a empresa e sobre os eventos que a afetam. O administrador precisa ter à sua disposição, além de instrumentos que forneçam um rol das mais prováveis configurações do futuro, instrumentos que calculem o impacto de tais previsões sobre o seu negócio, que permitam elaborar cenários das situações limites, tanto situações favoráveis quanto desfavoráveis, e simulações sobre os vários cursos alternativos para a empresa. Para compreender melhor a diferença entre previsão e planejamento, imagine a seguinte situação: uma pessoa está em casa assistindo a um noticiário e o repórter informa que vai chover no dia seguinte. Isso é previsão.
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A previsão do tempo foi feita com base em algum estudo realizado por técnicos especializados no assunto, com base na análise de fotos feitas por satélites, análise da velocidade dos ventos e deslocamento de massas de ar. Com base na previsão do noticiário, a pessoa irá se preparar para o dia seguinte procurando o guarda-chuva, a capa de chuva, um sapato mais velho... Isso é planejamento. Ao se prepararem para enfrentar um evento futuro, como por exemplo, escolher qual o melhor caminho para ir de casa ao trabalho em um dia em que provavelmente o trânsito vai estar congestionado, as pessoas instintivamente traçam cenários, fazem previsões e estabelecem as estratégias para atingir seus objetivos, as ações que serão tomadas e o os recursos que serão alocados.
Apesar da
previsão de congestionamento e do planejamento de qual o melhor
trajeto a seguir não necessariamente será tomada a melhor
decisão, pois como é sabido, a combinação
da previsão e planejamento não elimina o risco,
apenas permite que se conviva melhor com ele. |
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6 - O Processo de Planejamento O processo de planejamento em uma empresa se divide em duas atividades:
O planejamento estratégico preocupa-se com os objetivos gerais da empresa como um todo. O foco é a sobrevivência da empresa no longo prazo. No seu detalhamento deve ser considerada a análise de variáveis, como o cenário econômico e político do país, o comportamento dos consumidores e dos concorrentes, as metas da empresa e outros fatores macro-econômicos. O objetivo do planejamento estratégico é maximizar as oportunidades e minimizar as ameaças para a empresa, escolhendo alternativas para o futuro. O resultado do planejamento estratégico é a definição de diretrizes, que deverão ser detalhadas e quantificadas no planejamento operacional.
Já o planejamento operacional pode ser entendido como o detalhamento e a quantificação de diretrizes definidas no planejamento estratégico. O principal
objetivo do planejamento operacional é o de explicitar detalhadamente
as ações e resultados esperados de cada área por
meio da elaboração do orçamento da empresa.
Esse é, sem dúvidas, o maior desafio na elaboração do orçamento empresarial. |
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Resumo Grande parte da economia moderna está naturalmente relacionada aos avanços da tecnologia de informação, mas também aconteceram mudanças filosóficas importantes, que têm conduzido mais economias nacionais em direção às economias de mercado. Tradicionalmente a preocupação das organizações tem-se concentrado na medição de seus resultados financeiros, porém os ativos intangíveis (satisfação dos clientes, fornecedores...) estão se tornado cada vez mais significativo para a formação do valor agregado de mercado das ações das empresas. O equilíbrio de poder entre compradores e vendedores está pendendo para o lado dos compradores e obrigando as empresas a adotarem estratégias não só de preço como também de qualidade de produtos e serviços para competirem mais energicamente pela preferência dos seus clientes. A estratégia empresarial é o conjunto de regras de decisão e diretrizes definidas pelo alto escalão das empresas. É o ponto de partida do planejamento. O planejamento envolve o processo de definição de objetivos e o desenvolvimento de estratégias para atingi-los. É a atividade de antecipar-se às mudanças, organizando as ações que serão tomadas e o os recursos que serão alocados. |
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1 - Conceituando Empresa Como Sistema Aberto Apesar de conhecidos, os conceitos a seguir serão de bastante utilidade para entendermos as técnicas e metodologias para a análise e gerenciamento do capital de giro de uma empresa bem como para analisar a sua estrutura de capital. O conceito de empresa é bastante amplo, porém, pode ser sintetizado como um grupamento organizado de pessoas que transformam insumos em produtos ou serviços com o objetivo final de atender às necessidades da sociedade. Com
base no conceito acima, admite-se que as empresas constituem um elemento
da sociedade, e que as estruturas dessas organizações não
poderão ser indiferentes aos indivíduos que a compõem
nem ao modelo de comportamento em que está inserida, ou seja:
Uma empresa é considerada um sistema aberto em razão de sua interação com a sociedade. Essa interação provoca influência nas pessoas, aumento nos padrões de vida e o desenvolvimento da sociedade. Fatores como
o clima, o tipo de colonização de cada região, a
localização geográfica e até mesmo os hábitos
alimentares dos seus funcionários, fornecedores e clientes podem
influenciar na cultura e no planejamento estratégico de uma empresa. |
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As organizações empresariais interagem com a sociedade de maneira completa. A empresa é um sistema aberto no qual há recursos introduzidos, que são processados, e há a saída de produtos ou serviços.
As empresas são responsáveis por agregar valor aos insumos, obtidos de seu ambiente externo, e transformá-los em bens e serviços que também serão colocados em seu ambiente externo. O fato de uma empresa ser considerada um sistema aberto não significa apenas que ela se relaciona com o meio ambiente, mas também que esse relacionamento é fator essencial para a sua viabilidade, capacidade adaptativa e, principalmente, continuidade. A existência de objetivos a serem alcançados é uma característica comum em qualquer tipo de empresa. Tais objetivos podem ser classificados por grau de importância ou de priorização em um determinado intervalo de tempo, porém, o objetivo mais importante e permanente em qualquer empresa é a sua missão.
Segundo Guerreiro (1989), na caracterização da missão de uma entidade devem ser contemplados os seguintes pontos:
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Para Catelli (1990), toda empresa tem uma missão em relação à sociedade e “a missão das empresas corresponde aos seus objetivos permanentes, que consistem em otimizar a satisfação das necessidades humanas.” Van Horne (1995) é bastante pragmático quando define que: “o objetivo de uma companhia deve ser a criação de valor para seus acionistas”.
Como podemos perceber, não estamos tratando de uma ciência exata, ainda existem muitas controvérsias quanto ao objetivo primordial de uma empresa, seja ela pequena, média ou grande. Enquanto alguns autores defendem que a maximização do lucro deve ser o objetivo principal de uma organização privada, ou seja, gerar valor para seus donos, sócios, acionistas ou investidores, outros autores colocam a sobrevivência como o objetivo natural das organizações. Na verdade, esses conceitos não são excludentes, pelo contrário, podemos afirmar que são complementares, pois os objetivos econômicos da empresa consistem no crescimento da riqueza e, por meio desse crescimento, a empresa poderá ter continuidade e atender aos seus objetivos sociais e aos objetivos de seus acionistas, sócios ou investidores. |
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2 - Os Subsistemas do Sistema Empresa O sistema empresa, por característica, é bastante complexo e a sua divisão em subsistemas facilita o seu entendimento. Primordialmente, podemos afirmar que as empresas são formadas por pessoas que transformam recursos em riqueza. Para que ocorra o crescimento da riqueza são necessárias ações coordenadas entre as pessoas, e essas ações estão presentes nos vários subsistemas que compõem o sistema empresa. Esses subsistemas são interdependentes e interagem entre si para que a empresa possa atingir seus objetivos.
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| As principais características desses subsistemas são os seguintes: • Subsistema institucional - O subsistema institucional reflete diretamente as crenças e convicções dos empreendedores, sejam eles donos, proprietários, sócios ou acionistas de uma determinada empresa. Quando falamos de crenças e convicções estamos falando de valores subjetivos influenciados, principalmente, por fatores sócio-econômicos. As crenças e valores dos empreendedores irão impactar nas crenças e valores das organizações e se converterão nas principais diretrizes das empresas e no posicionamento dessas para interagir com o meio externo, ou seja, o posicionamento das empresas frente a seus stakeholders.
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• Subsistema organizacional ou formal - Esse subsistema diz respeito à forma como a empresa está organizada e a sua estrutura administrativa e operacional, ou seja, questões como o agrupamento das diversas atividades de uma empresa, o tipo de estrutura utilizada (vertical ou horizontal) e a definição da amplitude administrativa (centralizada ou descentralizada).
• Subsistema de gestão - O subsistema de gestão é caracterizado pelo processo de planejamento, execução e controle e está intimamente relacionado ao processo decisório de uma empresa e possui alta dependência com o subsistema de Informação. |
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• Subsistema de informação - O subsistema de informação incorpora todo o conjunto de necessidades informacionais para a gestão empresarial (Padoveze, 2001). Dado que o processo de comunicação requisita ininterruptamente grande quantidade de informações, os gestores obrigam a geração de inúmeros subsistemas de informações que entendidos estruturalmente formam o subsistema de informação.
O subsistema de informação é responsável pela coleta e processamento de dados e por transformá-los em informações que atendam às necessidades de seus usuários. Os dados existem tanto no ambiente interno, eventos operacionais, quanto no ambiente externo, eventos ambientais, cabendo ao subsistema de informação sua captação para transformá-los em informações. Os eventos operacionais são decorrentes das decisões dos gestores, enquanto os eventos ambientais ocorrem no ambiente externo da empresa e independem da decisão dos gestores, porém têm impacto sobre novas decisões. Porém,
há de se fazer uma ressalva com relação aos sistemas
de informação: os gestores precisam avaliar corretamente
a real necessidade da informação e sempre ponderar o custo-benefício
para gerá-las. Caso não ocorra uma triagem por parte dos
gestores pode ocorrer a geração excessiva e desnecessária
de informações e por conseqüência aumento de
custos e até sobrecarga dos sistemas de informação.
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| • Subsistema social - Refere-se ao conjunto de pessoas que formam a empresa em todos os seus escalões, com todas as variáveis associadas aos indivíduos de forma isolada ou em grupos. Fazem parte desse subsistema:
• Subsistema físico-operacional - Conjunto
de elementos físicos necessários à operacionalização
das atividades de uma empresa. Fazem parte do subsistema físico-operacional
as instalações físicas, os prédios, as máquinas
e equipamentos além de todo o imobilizado da empresa. |
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| 3 - Natureza da Eficiência e da Eficácia A eficiência e a eficácia são dois termos que os gerentes financeiros, os controlers e os contadores gerenciais usam freqüentemente. Cada um desses termos tem significado muito especial.
Por exemplo, suponhamos que uma determinada empresa de refrigerante esteja usando uma máquina capaz de engarrafar 1000 garrafas pets por minuto. Essa empresa compra uma nova máquina com o objetivo de aumentar essa quantidade. Depois de instalada e colocada em produção, a nova máquina consegue engarrafar 1700 garrafas pets por minuto. Como a máquina cumpre o seu objetivo, podemos afirmar que ela é eficiente.
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Por exemplo, suponhamos que uma determinada empresa “A” especializada em produzir suco de fruta, necessite de 5 caixas de laranja para produzir 20 litros de suco concentrado de laranja. Sua concorrente direta, a empresa “B” consegue produzir os mesmos 20 litros de suco concentrado de laranja com apenas 4 caixas de laranja. Podemos afirmar que a segunda empresa é mais eficiente que a primeira, porque necessita de uma quantidade menor de insumos para produzir a mesma quantidade do produto final.
Eficiência é determinada pelo projeto do processo, que é avaliado e alterado periodicamente. A eficácia é determinada, em conjunto, pelo desenho do processo e como o processo opera diariamente. Para simplificar, lembre-se e reflita sobre uma frase muito utilizada para diferenciar eficiência de eficácia: “matar um mosquito com um martelo é eficiente, mas não é eficaz”. |
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| 4 - Modelo de Gestão O conceito de “modelo de gestão” requer um conhecimento da etimologia da palavra “gestão”. Gestão deriva do latim gestione, que está relacionada ao ato de gerir, gerenciar ou administrar. Conclui-se, portanto, que gestão e administração são sinônimos.
Stephen Robbins (1992) sintetiza o processo de gerir como “o processo universal de completar eficientemente atividades, com e através de outras pessoas”. Gerir é
fazer as coisas acontecerem. A pessoa que faz a gerência, denominada
gestor, é quem toma as decisões para que as coisas aconteçam
de tal forma que a empresa atinja seus objetivos. Simplificando: administrar
é conduzir a organização para seus objetivos. O modelo de gestão envolve os princípios organizacionais, os princípios de delegação de poder e os princípios de avaliação de desempenho. Os princípios organizacionais são regras que definem a estruturação, a divisão do trabalho e as relações de mando e subordinação em uma empresa. |
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| É por meio do modelo de gestão que os gestores buscam minimizar os riscos inerentes à administração de uma empresa, tendo em vista a busca da eficiência e da eficácia. O modelo de gestão é a matriz do subsistema de gestão, que é traduzido dentro da empresa em um processo orientado que permite a ordenação de sua administração para o fluxo do processo de tomada de decisão em todos os planos empresariais e níveis hierárquicos, denominado de processo de gestão. O processo de gestão tem por finalidade permitir às empresas alcançarem seus resultados dentro de um conjunto coordenado de diretrizes, para atingir as metas e os objetivos explicitados na declaração da visão empresarial. Esse processo não se limita ao planejamento; inicia-se a partir deste e incorpora todas as etapas da execução das atividades, bem como do controle da execução e avaliação destas. O planejamento subdivide-se em duas fases: planejamento estratégico e planejamento operacional. O planejamento operacional incorpora uma etapa adicional responsável por finalizar o planejamento das operações, denominada programação.
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| • Planejamento Estratégico - É a etapa inicial do processo de gestão. Caracteriza-se pela definição de políticas, diretrizes e objetivos estratégicos e tem como produto final o equilíbrio dinâmico das interações da empresa com suas variáveis ambientais. Nessa etapa, realizam-se as leituras dos cenários do ambiente e da empresa, comumente confrontando as ameaças e oportunidades do cenário vislumbrados com os pontos fortes e fracos da empresa. • Planejamento Operacional - Na fase do planejamento operacional, a empresa define os seus planos, políticas e objetivos operacionais e tem como produto final o orçamento operacional. O orçamento operacional busca tangibilizar e refletir as políticas, diretrizes e objetivas do planejamento estratégico da empresa. • Execução - Etapa do processo de gestão em que as coisas acontecem, as ações emergem. A execução deve estar em coerência com o planejado e o programado. É por meio das ações que surgem os resultados. • Controle - O controle é um processo contínuo e recorrente. Tem como objetivo maior avaliar o grau de aderência entre os planos e sua execução. Compreende a análise dos desvios ocorridos, a identificação de suas causas e a proposição de ações corretivas.
Além
disso, o processo de controle deve observar a ocorrência de variáveis
no cenário futuro, visando assegurar o alcance dos objetivos propostos.
Dentro do enfoque sistêmico, esse processo tem a função
de retro alimentar o sistema de gestão e geração
de novos insumos para as fases de planejamento e execução.
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• Avaliação - A avaliação é a última etapa do processo de gestão, mas é tão importante quanto as outras etapas do processo. Nesta etapa, ocorre a análise do que aconteceu no período de execução, o mapeamento dos desvios entre o planejado e o realizado. A avaliação também tem como função retroalimentar o planejamento do período seguinte para proceder ações corretivas de longo e curto prazo. Existem vários indicadores para avaliar o desempenho de uma determinada área ou diretorias de uma empresa. A mais comum é estabelecer metas de desempenho e comparar o resultado efetivo de cada área, ou seja, comparar o desempenho orçado com o desempenho realizado. Podemos sintetizar o processo de gestão da seguinte forma:
Processo de Gestão – Visão resumida |
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| Resumo A empresa deve ser vista como um conjunto de atividades orientadas para um determinado fim, constituindo-se em um sistema aberto. Destina-se a cumprir uma missão e a manter-se continuamente no ambiente em que atua. A eficácia, abrangendo a produtividade, a eficiência, a satisfação, a adaptabilidade e o desenvolvimento, consiste na premissa básica para a continuidade da empresa, bem como para o cumprimento de sua missão. A continuidade da empresa pressupõe o alcance de resultados. Para tanto, a empresa serve-se do processo de gestão, compreendido pelas seguintes etapas: o planejamento dos eventos futuros, a elaboração de padrões para a etapa de execução, a execução das ações planejadas, o controle e a avaliação das ações implementadas. Todo esse processo deve ser suportado por um sistema de informações e caracterizado pela descentralização de atividades, delegação de autoridade e participação de todos os gestores. O modelo de gestão pode ser resumido por meio do seguinte esquema:
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1 - A História da Controladoria A criação de uma área específica para controle e planejamento surgiu no início do século XX nos Estados Unidos, com a finalidade de realizar rígido controle de todos os negócios de grandes corporações. Nessa época, uma grande quantidade de empresas começou a se fundir e a formar grandes conglomerados organizados sob a forma de departamentos e divisões. Porém, a gestão e o controle desses conglomerados se davam de forma centralizada. A estrutura vertical e o campo de atuação diversificado desses conglomerados exigiam dos sócios, acionistas e gestores um controle central em relação aos departamentos que muitas vezes se espalhavam por vários países. Com o passar dos anos, a verticalização, a diversificação, a expansão geográfica das organizações e a mudança gradual de um modelo de gestão centralizado para um modelo de gestão descentralizado das atividades empresariais exigiram a criação da figura do controller.
Fatores como a competitividade das empresas, a globalização da economia, a abertura das fronteiras comerciais e ao mesmo tempo a crescente preocupação com uma postura ecologicamente correta e com o desenvolvimento regional sustentável exigem cada vez mais um gerenciamento eficiente e eficaz das empresas. Nesse sentido, é papel da Controladoria fornecer subsídios para os diversos gestores no planejamento e controle das atividades operacionais, comerciais, financeiras, administrativas e tributárias por meio da manutenção de um sistema de informações que permita integrar as várias funções da gestão empresarial. |
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2 - O Desenvolvimento da Controladoria no Brasil No Brasil,
a função do controller é relativamente recente e
emergiu com a instalação das multinacionais no país.
Os controladores foram inicialmente recrutados entre os profissionais ligados à área financeira ou contábil devido à habilidade em trabalhar com informações econômico-financeiras e pelo conhecimento operacional sobre as diversas atividades desenvolvidas na empresa. Atualmente,
as funções e atividades exercidas pela Controladoria tornaram-se
extremamente importantes para o controle e planejamento das organizações
com ou sem fins lucrativos. |
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3 - A Controladoria como Órgão Administrativo Nakagawa (1980) sugere que a Controladoria atue como órgão executivo e comunicador de informações nas organizações. Para tanto, cabe-lhe a tarefa de projetar, implementar, coordenar e manter um sistema de informações capaz de atender adequadamente às necessidades informativas do processo de planejamento e controle da empresa. A finalidade da Controladoria como órgão administrativo é garantir a existência de informações para subsidiar o processo decisório e possibilitar a eficácia empresarial.
Vários autores qualificam a Controladoria como um órgão de staff, já que normalmente cada gestor tem autoridade para controlar sua respectiva área e consequentemente se responsabilizar pelos resultados obtidos. Apesar do nome, a Controladoria não controla as demais áreas, e sim, presta assessoria no controle, informando à cúpula administrativa sobre os resultados de cada área e o papel destas na formação do resultado da empresa. |
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Na maioria das grandes instituições financeiras brasileiras, existe uma vice-presidência ou, no mínimo, uma diretoria de Controladoria que participa ativamente dos processos de planejamento tanto estratégico quanto operacional. Por intermédio do suprimento e da interpretação de dados relevantes, as diretorias de Controladoria exercem influência sobre as decisões e desempenha papel fundamental no direcionamento das empresas aos seus objetivos. Segundo Oliveira (2002), a Controladoria pode ser entendida como o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem finalidades lucrativas, sendo considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da Contabilidade. Tais responsabilidades, alicerçadas num sistema de Contabilidade Gerencial, são dadas na forma de informações sobre a situação patrimonial, sobre os custos de produção, sobre os custos de serviços e de setores e sobre metas de desempenho e resultados preestabelecidos. É bastante comum o termo Sistema de Informações Gerenciais (SIG) para designar o processo de transformação de dados em informações, que são utilizadas na estrutura decisória da empresa como ferramenta que possibilita a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados.
Dessa forma, o campo de atuação do contabilista tornou-se mais abrangente, libertando-o do papel único de titular de uma função de registro histórico dos fatos. |
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4 - A Missão da Controladoria A Controladoria, assim como todas as áreas de responsabilidade de uma empresa, deve esforçar-se para garantir o cumprimento da missão e a continuidade da organização. O objeto da Controladoria é a gestão econômica, o que foi sintetizado por Oliveira (2002) como o estudo e a prática das funções de planejamento, controle, registro e divulgação dos fenômenos da administração econômica e financeira das empresas em geral.
A missão da Controladoria é otimizar os resultados econômicos da empresa para garantir a sua continuidade por meio da integração dos esforços das diversas áreas além de exercer um rígido controle das atividades empresariais e, dessa forma, suportar todas as etapas do processo de gestão.
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Funções da Controladoria - Kanitz (1976) estabelece como função primordial da Controladoria a direção e a implantação de sistemas que propiciem: informação, motivação, coordenação, avaliação, planejamento e acompanhamento.
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5 - Princípios Norteadores da Ação da Controladoria Entre as características que devem nortear a ação de uma Controladoria para o desempenho eficaz de suas atividades, destacam-se: • Iniciativa - a Controladoria deve procurar antecipar e prever problemas no âmbito da gestão econômica global e fornecer as informações necessárias aos gestores das áreas diretamente afetadas. • Visão econômica - na função de assessoria a outros gestores, deve captar os efeitos econômicos das atividades exercidas em qualquer área, estudar os métodos utilizados no desempenho das tarefas da área, sugerir alterações que otimizem o resultado econômico global e suprir o gestor com as informações necessárias.
• Comunicação racional - deve fornecer informações às áreas, em linguagem compreensível, simples e útil aos gestores e minimizar o trabalho de interpretação dos destinatários. • Síntese - deve traduzir fatos e estatísticas em gráficos de tendência e em índices, de forma que haja comparação entre o resultado realizado e o planejado. |
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• Visão para o futuro - deve analisar o desempenho e os resultados passados com vistas à implementação de ações que melhorem o desempenho futuro.
• Oportunidade - deve fornecer informações aos gestores em tempo hábil às alterações de planos ou padrões, em função de mudanças ambientais, contribuindo para o desempenho eficaz das áreas e da empresa como um todo. • Persistência - deve acompanhar os desempenhos das áreas à luz de seus estudos e interpretações e cobrar as ações sugeridas para otimizar o resultado econômico global. • Cooperação - deve assessorar os demais gestores a superar os pontos fracos de suas áreas. • Imparcialidade - deve fornecer informações à cúpula administrativa sobre a avaliação do resultado econômico das áreas, mesmo quando evidenciarem sinais de ineficácia dos gestores. |
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6 - A Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial Os relatórios contábeis financeiros são elaborados para os stakeholders externos, como acionistas e credores, enquanto os relatórios gerenciais se destinam aos gerentes da organização.
A distinção do foco gera diferenças importantes entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial apesar de ambas dependerem dos mesmos dados financeiros. As principais diferenças entre esses dois ramos da Contabilidade são: O público alvo: na Contabilidade Financeira o público alvo são pessoas de fora da organização tais como acionista, sócios, credores e legisladores. Na Contabilidade Gerencial o público alvo é formado pelos gestores da empresa. Ênfase no Futuro: devido à necessidade de planejamento, a Contabilidade Gerencial tem forte orientação para o futuro. A Contabilidade Financeira, ao contrário, fornece basicamente os resumos das transações financeiras passadas. |
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Relevância e Flexibilidade dos dados: os dados financeiros devem ser objetivos e verificáveis. Contudo, para uso interno, os gerentes precisam de dados que sejam relevantes para o processo de gestão, ainda que não sejam inteiramente objetivos ou comprováveis. O volume de venda e a satisfação dos clientes de uma determinada filial de uma rede de lojas não é um dado fácil de ser comprovado através da Contabilidade Financeira, porém é extremamente útil do ponto de vista da gestão empresarial. O sistema de informação contábil gerencial deve ser suficientemente flexível para fornecer quaisquer dados que sejam importantes para uma determinada decisão por parte dos gestores da empresa. A Precisão da informação: quase sempre, a oportunidade é mais importante para os gestores do que a precisão. Se a decisão tem que ser tomada, o gerente prefere ter uma boa estimativa com tempestividade do que esperar um prazo maior para uma resposta mais precisa. A tomada de uma determinada decisão que envolva uma quantia muito grande de dinheiro e tem que ser tomada em um curto período de tempo, devido ao risco de se perder a oportunidade do negócio, não há a necessidade de se apoiar em estimativas com precisão de centavos.
O aumento de precisão implica em custo, tanto em termos de tempo quanto de recursos, por isso a Contabilidade Gerencial dá menos ênfase a precisão do que a Contabilidade Financeira. |
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Disponibilização da informação: a Contabilidade Financeira preocupa-se, sobretudo, com a elaboração dos relatórios da companhia como um todo. A Contabilidade Gerencial, ao contrário, concentra-se em fornecer a informação de forma oportuna e detalhada aos diversos gestores da companhia. Os demonstrativos contábeis destinados ao usuário externo precisam ser elaborados segundo os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (PCGA). O usuário externo precisa ter a segurança de que os relatórios foram preparados de acordo com um conjunto de regras básicas comuns. Essas regras comuns permitem a comparabilidade e ajudam a reduzir fraudes contábeis, mas não necessariamente propiciam relatórios úteis para fins de tomada de decisões no âmbito interno da empresa. A Contabilidade Gerencial não é limitada pelos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. Os gestores estabelecem as suas próprias regras básicas referentes ao conteúdo e à forma dos relatórios internos. Porém, devem ser observados os benefícios decorrentes do uso da informação em contrapartida aos custos da coleta, análise e da síntese dos dados. |
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| Verifique se você conseguiu compreender as diferenças entre Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial. Arraste, com o mouse, as características abaixo para o quadro correspondente.
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7 - A Controladoria e o Planejamento Financeiro Em uma pequena empresa, a função financeira pode ser uma atribuição subsidiária ao gestor de produção ou ao de vendas. Nesse caso, embora possa haver uma preocupação com a gestão econômica, provavelmente não existirá um órgão denominado Controladoria para exercer a função. Nesse tipo de empresa é suficiente que os gestores tenham o conhecimento dos conceitos e funções de uma Controladoria no ambiente empresarial. Em outras empresas, tais como as instituições financeiras, existe a descentralização da área financeira entre as atividades do tesoureiro e do controller da empresa.
Normalmente, dessa descentralização surge o órgão Controladoria e sua preocupação específica com a gestão econômica empresarial. A administração financeira liga-se às decisões da administração geral em todos os níveis. |
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No âmbito do planejamento estratégico, a Tesouraria deve focar na administração financeira participar das decisões relacionadas à análise e avaliação dos projetos de investimento. No âmbito operacional, tal área deve responder pelo controle das informações econômicas pertinentes às operações empresariais, pelo estabelecimento de política para controle de liquidez que permita detectar a necessidade de fundos e apontar alternativas que satisfaçam tal necessidade. Embora a descentralização da área financeira resulte nas duas grandes funções de Tesouraria e Controladoria, muitos autores não consideram as tarefas de Controladoria como funções financeiras. Porém, é consenso a interdependência entre as duas áreas, principalmente a dependência da Tesouraria em relação às informações fornecidas pela Controladoria para sua gestão econômica. A Tesouraria funciona como um banco que deve suprir as demais áreas com os recursos financeiros necessários ao andamento de suas atividades. O efeito econômico
das receitas e despesas decorrentes do fluxo financeiro dessa área
com as demais é identificado, mensurado e comunicado pelo sistema
de informações administrado pela Controladoria. |
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Resumo A competitividade entre as empresas, a globalização da economia e a abertura das fronteiras comerciais exigem cada vez mais um gerenciamento eficiente e eficaz das empresas. Devido a esses fatores o modelo de gestão empresarial vem passando por uma série de evoluções, dentre as quais a criação da figura da Controladoria. A finalidade da Controladoria como órgão administrativo é garantir a existência de informações para subsidiar o processo decisório e possibilitar a eficácia empresarial. Sua missão é a de otimizar os resultados econômicos da empresa para garantir a sua continuidade por meio da integração dos esforços das diversas áreas e controlar as atividades empresariais. Entre as características que devem nortear a ação de uma Controladoria para o desempenho eficaz de suas atividades, destacam-se a iniciativa, a visão econômica, a comunicação racional, a síntese, a visão para o futuro, a persistência, a cooperação e a imparcialidade. Para atender a necessidade de planejamento, execução, controle e avaliação da empresa, o foco da Controladoria é a Contabilidade Gerencial que difere da Contabilidade Financeira pelos seguintes aspectos:
Na maioria das grandes empresas, existe a descentralização da área financeira entre as atividades do tesoureiro e do controller da empresa. No âmbito do planejamento estratégico, a tesouraria deve enfocar a administração financeira e participar das decisões relacionadas com a análise e avaliação dos projetos de investimento. No operacional, deve responder pelo controle das informações econômicas pertinentes às operações empresariais, pelo estabelecimento de política para controle de liquidez que permita detectar a necessidade de fundos e apontar alternativas que satisfaçam tal necessidade. |
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1 - A Contabilidade A Contabilidade pode ser definida como “a ciência que se ocupa do registro dos atos e fatos da administração econômica, que possam ser expressos monetariamente, possibilitando a informação, o controle, o estudo e interpretação das variações patrimoniais ocorridas em cada exercício financeiro”. O desenvolvimento do método contábil está diretamente relacionado ao modo capitalista de produção. Trata-se do estabelecimento de forma específica para quantificar “os acréscimos e decréscimos dos investimentos iniciais alocados em alguma atividade produtiva”. Historicamente, o objeto da Contabilidade tem sido o patrimônio das entidades e seu uso. É por meio da Contabilidade que se evidencia o aspecto qualitativo e quantitativo do patrimônio, definido como conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica. Iudícibus (1992) define a Contabilidade como uma “metodologia concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente”.
Dentro deste prisma, o patrimônio pode ser conceituado como uma grandeza constituída de bens, direitos e obrigações de uma pessoa ou entidade. |
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A Contabilidade tem por finalidade informar, coletar, resumir e interpretar dados e fenômenos que afetam as situações patrimonial, financeira e econômica das empresas. Para isso, deve-se efetuar o registro de todos os fatos relacionados com a formação, a movimentação e as variações do patrimônio administrado, vinculado à entidade. Essas ações visam assegurar seu controle e fornecer a seus administradores as informações necessárias à ação administrativa, bem como a seus titulares as informações sobre o estado patrimonial e o resultado das atividades desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins. Entende-se como usuário da Contabilidade toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de finalidade não lucrativa, ou mesmo patrimônio familiar.
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De acordo com o seu foco, a Contabilidade pode ser subdividido da seguinte maneira: • Contabilidade Financeira - Constitui-se na Contabilidade que é preparada para atender à legislação vigente e quantificar as posições econômicas, financeiras e patrimoniais das empresas, por meio da elaboração de demonstrativos contábeis.
• Contabilidade Fiscal - O objetivo da Contabilidade Fiscal é de calcular e aprovisionar as obrigações de impostos, tributos e assemelhados perante o Governo. • Contabilidade Gerencial - Representa a confecção de relatórios gerenciais e análises extraídas das informações provenientes da Contabilidade financeira. Esses relatórios e análises têm como objetivo avaliar o desempenho das empresas, bem como seu valor para o mercado, por meio da utilização de técnicas avançadas.
Na Contabilidade gerencial, não são obedecidos padrões de instituições regulamentadoras, nem órgãos normatizadores, e sim, conceitos técnicos financeiros, econômicos e de análise que são estudados, desenvolvidos e modernizados permanentemente pelos gestores das empresas. |
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2 - Os Princípios e Convenções Contábeis Geralmente Aceitos A Contabilidade é regida por certos princípios que servem para uniformizar a prática contábil e fazê-la inteligível de maneira geral. Estes princípios, entretanto, diferentemente dos princípios da matemática e da física, não são fixos, pois são princípios pertencentes a um ramo de conhecimento social e, sendo assim, sofrem influência de mutações ocorridas na sociedade. Todos os princípios contábeis necessitam dos requisitos da objetividade e exeqüibilidade para serem aceitos como tal. Assim, os princípios contábeis, como tudo que faz parte do ramo do conhecimento social, são passíveis de mudança. As Convenções Contábeis - as convenções contábeis qualifica e delimita os princípios contábeis. As mais utilizadas são: • Consistência - Esta convenção determina que não se deve mudar de critério de contabilização sem prévio aviso, de modo a permitir a comparabilidade das demonstrações contábeis. • Relevância - Esta convenção determina que não se deve preocupar com miudezas. • Objetividade - Esta convenção determina que, sempre que possível, a Contabilidade deve apoiar-se em documentos e evidências, as mais objetivas possíveis, reforçando a fé da contabilidade perante terceiros. |
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3 - Os Princípios Contábeis Atualmente, no Brasil, a Resolução nº 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade estabelece os princípios contábeis que devem ser obedecidos na elaboração das demonstrações contábeis. São eles: •
Princípio da Entidade
Por este princípio, a Contabilidade é executada para entidades como pessoas distintas dos sócios.
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• Princípio da Continuidade
Por este princípio, presume-se, em geral, que a empresa operará indefinidamente, pois a aceitação da descontinuidade mudaria a Contabilidade.
• Princípio da Oportunidade
Este princípio tem o intuito de garantir a existência de uma cronologia dos fatos que afetam a contabilidade de uma empresa, bem como o registro de tais fatos de forma clara e coerente dentro dos Relatórios Contábeis. Com base nesse princípio, as vendas a prazo realizadas por uma determinada empresa no mês de agosto, deverão ser registradas nos relatórios contábeis relativos ao mês de agosto e, consequentemente, evidenciar uma baixa de estoque e gerar um direito para a empresa que deverá ser registrado na Conta Duplicatas a Receber. |
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• Princípio do Registro pelo Valor Original
Os bens produzidos para fins de comercialização deverão ser registrados pelos respectivos custos de produção. Quando tais bens forem vendidos, o valor referente à diferença entre o custo de produção e o valor da venda será contabilizado como lucro da empresa.
• Princípio da Atualização Monetária
Esse princípio complementa o princípio do registro pelo valor original, reconhecendo a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um determinado período. Por menor que seja a inflação de um período, ela deve ser considerada em qualquer avaliação que se necessite fazer sobre o patrimônio das entidades. |
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• Princípio da Competência
Como exemplo, podemos citar o caso das empresas que vendem mercadorias a prazo. O fato gerador será a venda das mercadorias e não o recebimento das parcelas. • Princípio da Prudência
Esse princípio visa impedir a existência de balanços patrimoniais inflados artificialmente, ou seja, Ativos supervalorizados e Passivos subestimados. Dessa maneira, se
uma empresa tem em seu estoque um respectivo bem contabilizado por R$
100,00, porém o preço de mercado de tal bem encontra-se
em R$ 90,00, a empresa, prudentemente, deve providenciar a alteração
do valor do bem em seu estoque para R$ 90,00. |
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4 - Os Relatórios Contábeis Os relatórios contábeis são a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. O principal objetivo dos relatórios contábeis é o de relatar a todos que utilizam os dados contábeis os principais fatos registrados por aquela empresa em determinado período. Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos por lei, sendo conhecidos como demonstrações financeiras. São eles:
No encerramento do exercício social, as demonstrações financeiras deverão ser publicadas no Diário Oficial e em algum jornal de grande circulação. A Comissão de Valores mobiliários (CVM) determina que todas as Sociedades Anônimas de Capital Aberto apresentem a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Para os demais tipos de empresa, é optativa a apresentação de um ou de outro relatório. |
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5 - O Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio da qual é possível apurar a situação patrimonial-financeira de uma entidade em determinado momento. Nesta demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido. Esquematicamente, o Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas. Na coluna do lado direito estão representados o Passivo e o Patrimônio Líquido e na coluna do lado esquerdo está representado o Ativo da empresa.
O Ativo de uma empresa - o ativo compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda. Sejam eles recursos com disponibilidade imediata, tais como os recursos em caixa ou conta-corrente junto às instituições financeiras, como os demais bens e direitos de uma empresa, tais como os imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias, prêmio emitido, recursos a receber de clientes, entre outros. Todos os
elementos componentes do ativo acham-se discriminados no lado esquerdo
do Balanço Patrimonial.
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Os bens são classificados no patrimônio em: • Bens tangíveis - que possuem forma física, como máquinas, móveis, etc.
• Bens intangíveis - são incorpóreos, ou seja, não possuem forma física, apesar de possuírem valor econômico, tais como marcas e patentes possuídas por uma empresa e a própria satisfação dos clientes.
Direito, ou direito a receber, é o poder de exigir alguma coisa de alguma pessoa, física ou jurídica. Em Contabilidade, o direito a receber mais comum encontrado no patrimônio é proveniente de vendas a prazo e prestação de serviços. |
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O Passivo de uma empresa O Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantias que a empresa deve a terceiros: títulos a pagar, sinistros a liquidar, contas a pagar, fornecedores, salários a pagar, impostos a pagar e hipotecas a pagar são algumas das obrigações assumidas normalmente por uma entidade. Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial. O Passivo Exigível representa todas as obrigações financeiras que uma entidade tem para com terceiros. São as dívidas que a empresa contraiu. As obrigações são dívidas ou compromissos pelos quais serão exigidos pagamentos por ocasião do vencimento. São também conhecidas como exigibilidades.
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O Patrimônio Líquido - é o registro do valor que os detentores do patrimônio têm aplicado na entidade. É representado pela diferença entre o valor do Ativo e do Passivo Exigível de uma entidade. Constitui-se geralmente de Ativo (bens e direitos) líquidos de obrigações com terceiros, que reverte para os acionistas ou proprietário(s). Exemplificando: se a entidade tem um Ativo de R$ 5.000,00 e um Passivo de R$3.000,00, o Patrimônio Líquido dessa entidade será de R$ 2.000,00.
Outro exemplo: Uma empresa com Ativo total de R$ 19 mil, Passivo de R$ 4 mil e consequentemente um Patrimônio Líquido de R$ 15 mil.
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6 - O Capital Próprio e o Capital de Terceiros Toda empresa necessita de recursos materiais e financeiros para aplicá-los em suas atividades. Tais recursos são originários de fontes internas e fontes externas. As origens internas representam o capital dos proprietários da empresa e as origens externas representam as obrigações assumidas pela empresa perante terceiros. Sabemos que o ativo é representado pelos bens e direitos de uma empresa e a forma de adquiri-los, portanto, pode ser:
Principais diferenças entre os recursos de terceiros e os recursos próprios
Fonte: Rozo (2001). |
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7 - As Fontes de Patrimônio Líquido (PL) O Patrimônio Líquido de uma entidade pode ser proveniente das seguintes fontes: • Investimentos: efetuados pelos proprietários em troca de ações, quotas ou outras participações.
• Lucros: acumulados na entidade como fonte adicional de financiamento.
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8 - A Equação Fundamental do Patrimônio A representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida pela expressão Balanço Patrimonial. Sabemos que, pela própria definição o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. É por esta razão que o balanço costuma ser denominado Balanço Patrimonial.
Como na maioria das entidades o Ativo (bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigações), a representação mais comum do seu patrimônio, isto é, seu Balanço patrimonial assume a seguinte forma:
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Quando
o Patrimônio Líquido é maior do que zero, a empresa
encontra-se em uma situação líquida positiva.
Caso o passivo supere o Ativo, a empresa encontra-se em uma situação líquida negativa, também conhecida como passivo a descoberto. Esquematicamente essa situação é descrita da seguinte forma:
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Resumo A Contabilidade ocupa-se do registro dos atos e fatos da administração econômica, que possam ser expressos monetariamente, possibilitando a informação, o controle, o estudo e interpretação das variações patrimoniais ocorridas em cada exercício financeiro e tem por finalidade informar, coletar, resumir e interpretar dados e fenômenos que afetam as situações patrimonial, financeira e econômica das empresas. A Contabilidade é regida pelos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (PCGA). Tais princípios são classificados como postulados, princípios propriamente ditos e convenções. Os principais Princípios Contábeis são:
As Convenções Contábeis mais utilizadas são as da Consistência, da Relevância e a da Objetividade. Os relatórios contábeis refletem a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade e têm como objetivo relatar os principais fatos registrados pelas empresas em determinado período. Os relatórios obrigatórios são os seguintes:
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A representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida pela expressão Balanço Patrimonial. O Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. É por esta razão que o balanço costuma ser denominado Balanço Patrimonial.
Por meio do Balanço Patrimonial de uma empresa é possível apurar a situação patrimonial-financeira de uma determinada empresa em um determinado momento. A estrutura do Balanço Patrimonial está segmentada em Ativo, Passivo e o Patrimônio Líquido.
Como na maioria das entidades o Ativo (bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigações), a representação mais comum do patrimônio de uma empresa assume a seguinte forma:
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