Qual a origem dos recursos aplicados? Analisando o Passivo, poderemos
caminhar ao encontro da resposta.
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Dos três
grandes grupos que compõem o Passivo, vê-se que o que mais
cresceu, e cresceu extraordinariamente (mais de 1.000%), foi o Exigível
a Longo Prazo. Além disso, sua participação na composição
do Passivo passou de apenas 6% para 34%. Não há como negar
que o endividamento da empresa sofreu um grande aumento.
Em 2005 a empresa trabalhava com 60% de capitais de terceiros e 40% de
capital próprio, estando a dívida com terceiros concentrada
no curto prazo. Em 2007, o capital próprio, apesar do crescimento
de 53% em relação a 2005, representa apenas 30% dos recursos
utilizados pela empresa.
O endividamento em 2007, ao contrário de 2005, está concentrado
no longo prazo.
Assim, não parece existir dúvida de que a principal fonte
de recursos utilizada constituiu-se nos novos financiamentos a longo prazo.
O crescimento, em termos absolutos da conta financiamentos, R$ 1.780,00
(R$ 1.950,00 – R$170,00), confrontado com o crescimento, também
em termos absolutos, da conta Imobilizado, de R$ 1.680,00 (R$2.440,00
– R$760,00), confirmaria essa hipótese.
No Passivo Circulante, destaca-se uma análise
da participação da conta dos fornecedores (caiu de 28% para
13%), indício de possíveis dificuldades de crédito
junto aos fornecedores, motivada pela elevação do endividamento.
Essa queda foi compensada pelo aumento dos empréstimos
bancários (129%) e das duplicatas descontadas (75%), o que indica
que a empresa está tendo que recorrer com maior intensidade à
rede bancária para assegurar seu capital de giro.
Sua capacidade de pagamento no curto prazo, no entanto,
não está comprometida. O crescimento do Ativo Circulante,
tanto em termos absolutos (R$ 2.080,00) como relativos (54%) se apresenta
maior que o crescimento do Passivo Circulante (R$ 530,00 e 34%, respectivamente).
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