Resumo
Os indicadores
de lucratividade e rentabilidade são os que despertam maior interesse
e causam maior impacto sobre as partes interessadas nas demonstrações
financeiras das entidades.
Isso se deve ao fato de ser o lucro o fundamento das atividades das
organizações empresariais. Sem a perspectiva de gerar
lucros, inúmeras aplicações de recursos deixariam
de ser realizadas, por perderem a razão de ser, reduzindo-se
substancialmente as atividades econômicas, a geração
de emprego e renda.
A expressão do lucro em valores absolutos, nominais ou reais,
é de pouca utilidade para a análise, devendo os lucros
serem relacionados aos fatores financeiros (vendas) ou operacionais
(ativos) que lhes deram origem para que se conheça sua efetiva
magnitude face ao porte da entidade e ao seu volume de operações.
Ao se relacionarem os diversos tipos de lucro (bruto, operacional, líquido)
com as vendas obtêm-se importantes indicadores de desempenho (margens),
expressos em porcentagens de lucro geradas pelas vendas: margem bruta,
margem operacional, margem líquida.
Ao se relacionarem os lucros com os seus fatores operacionais, obtêm-se
indicadores da rentabilidade das aplicações em ativos
e das fontes de recursos utilizadas, próprias ou de terceiros,
as taxas de retorno.
Dentre todos esses indicadores sobressai-se, por sua importância,
a Taxa de Retorno do Investimento – TRI, cujo cálculo engloba
tanto o lucro como as vendas e os ativos utilizados pela entidade. A
decomposição da TRI e sua análise possibilitam
identificar os fatores do bom ou mau desempenho da organização
e tomar decisões sobre os múltiplos fatores desse desempenho,
como o custo de produção e as despesas operacionais.