Quando
os sócios/acionistas, durante o processo de planejamento estratégico,
definem uma meta para este indicador, estão expressando, de forma
explícita, quanto desejam receber de remuneração
ao final de um determinado período, pelo recurso alocado no negócio.
Se a relação entre o lucro contábil
obtido e o patrimônio líquido for maior que o exigido pelos
sócios, a empresa estará criando valor.
Veja um exemplo:
Uma empresa apresenta os seguintes demonstrativos
contábeis:
DRE
Receita Vendas (400 x 9,00)
3.600
CMV (400 x 5,00)
(2.000)
Lucro Bruto
1.600
Despesas Administrativas
(320)
Lucro operacional
1.280
Despesas Financeiras
(500)
Lucro antes do I.R.
780
Imposto de renda (30,0%)
(234)
Lucro Líquido
546
Pode-se
observar que os sócios/acionistas injetaram $ 3.000 na
empresa que contribuíram para a geração de
um lucro operacional de $ 1.280.
Este
lucro foi suficiente para remunerar todos os agentes envolvidos
nas operações da empresa: as despesas financeiras,
referentes à remuneração dos recursos de
terceiros ($ 500) e os impostos relativos às exigências
legais dos agentes governamentais.
O
lucro líquido de $ 546 gerado pela empresa deve ser suficiente
para remunerar os sócios/acionistas. O Retorno sobre o
Patrimônio Líquido (RSPL), proporcionado por este
resultado é de 18,2%.
RSPL
=
LL
=
546
=
18,2%
PL
3.000
Se
a exigência dos sócios for maior que 18,2%, como
por exemplo, 20%, o lucro líquido não terá
sido suficiente para remunerá-los.
Em
contrapartida, se os sócios/acionistas possuírem
uma expectativa de remuneração de 15%, o valor atingido
terá sido superior e ainda gerará valor a empresa.
Ou
seja, o resultado terá sido suficiente para remunerar bancos
e instituições financeiras, governantes, sócios/acionistas
e ainda terá “sobrado” recursos para serem
reinvestidos ou distribuídos.
Portanto, a
comparação entre o indicador contábil RSPL planejado
e o atingido evidencia criação de valor, mas ainda é
incipiente para conhecer mais profundamente quanto está se criando
e como se forma esta geração de valor.