Utilizando a lógica matemática da fórmula anterior, pode-se constatar que se não existissem despesas financeiras, o valor do GAF seria unitário. Ou seja, não haveria o processo de alavancagem em função da inexistência de recursos de terceiros. E se existissem valores de despesas financeiras maiores que o lucro operacional? Neste caso, também não haveria alavancagem. Na verdade, existiria uma relação inversa de destruição de resultado que impactará um indicador a ser estudado posteriormente, o qual mede a criação de valor da empresa. Existe uma outra forma de se calcular o GAF, usualmente denominada em alguns livros de sintética. A fórmula é direta e utiliza dois indicadores de rentabilidade, conforme abaixo:
Uma empresa que tem como política financiar suas atividades e seus projetos apenas com recursos próprios, apresentará um RSPL (ROE) igual ao RSA (ROA), e a razão entre esses dois indicadores será igual a 1. Isto é óbvio e se explica em razão de não existir despesas financeiras a serem deduzidas do lucro operacional. Dessa forma, o lucro operacional será o mesmo que o lucro líquido. Lembrando-se sempre de que é necessário extirpar o efeito do imposto de renda. Quando esta situação ocorre, não há processo alavancagem financeira.
Portanto, parece óbvio que, para os sócios/acionistas, quanto maior for o GAF maior serão seus retornos. Contudo, devemos alertar para o fato deste indicador também ser uma medida de risco. Quanto maior o GAF, maior é o risco em função da exigibilidade de pagamento aos agentes que estão proporcionando o financiamento. |
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