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Economia na real “Economia na real” é uma curiosidade da área econômica que tem como objetivo ilustrar conceitos ou procedimentos. Datas e períodos não desqualificam a intenção de demonstrar aspectos econômicos importantes. Em
decisão unânime, Banco Central mantém taxa de juros
em 11,25% Em um momento de incertezas sobre o futuro da economia mundial, o Banco Central decidiu, por unanimidade, manter inalterada a taxa básica de juros do país. O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou no início da noite desta quarta-feira que a Selic irá continuar em 11,25% - trata-se da terceira manutenção consecutiva. Indústria e comércio reclamaram da decisão, embora já fosse esperada. Para a indústria, o Copom deve voltar a reduzir os juros básicos no país nas próximas reuniões. Entidades que representam o comércio acreditam que a medida foi cautelosa em função da crise nos mercados, mas também entendem que há espaço para novos cortes nos próximos encontros do comitê. Em nota,
o comitê afirmou, após 3 horas de reunião, que "avaliando
a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para inflação,
o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,25% ao ano,
sem viés. O Comitê irá acompanhar a evolução
do cenário macroeconômico até a sua próxima
reunião, para então definir os próximos passos na
sua estratégia de política monetária". Na ata da última reunião, o Copom avaliou que o ritmo de expansão da demanda interna impunha "riscos não desprezíveis" para a inflação. A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo BC para manter a inflação sob controle. Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao crédito, que fica mais barato, e consome mais. Este aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender um maior consumo. Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento, a economia desacelera e evita-se que os preços subam. Apesar de concentrado no comportamento interno dos preços e confiante na menor vulnerabilidade externa do país, o presidente do BC, Henrique Meirelles, admitiu ontem que o Brasil não está completamente imune a uma crise internacional. "Não temos a ilusão que o Brasil está imune a desenvolvimentos externos. Mas cremos que estamos mais preparados para enfrentar cenários adversos." Ele afirmou ainda que o governo está preparado para tomar medidas caso ocorra um agravamento na economia mundial e lembrou que essa degradação já estava contemplada no cenário básico do "Relatório de Inflação" da instituição. Com a desaceleração da economia norte-americana, os analistas do mercado financeiro desistiram de esperar por um corte dos juros até o final do ano. Segundo o boletim Focus, a projeção é que a Selic terminará 2008 do jeito que começou, em 11,25% ao ano. Uma desaceleração da economia mundial pode fazer com que as empresas brasileiras, principalmente as exportadoras, produzam menos, já que haverá menos consumo. Por outro lado, com a demanda mundial menor, o preço das commodities, como soja e minério de ferro, tendem a cair, o que ajuda a controlar os preços no Brasil. |
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