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Economia na real “Economia na real” é uma curiosidade da área econômica que tem como objetivo ilustrar conceitos ou procedimentos. Datas e períodos não desqualificam a intenção de demonstrar aspectos econômicos importantes.
O Real atravessou gloriosamente as crises que sacudiram a economia do México, no fim de 1994, e dos Tigres Asiáticos, em 1997, mas vinha inspirando cuidados aos brasileiros e investidores estrangeiros desde que, no ano passado, o vendaval desabou sob a Rússia e quase varreu o rublo do mapa-múndi. Nem as mais altas taxas de juro do mundo bastaram, nos últimos meses, para conter os ataques especulativos à moeda brasileira, que vinha dando sucessivos sinais de deterioração até fugir inteiramente do controle das autoridades na sexta-feira em que o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso completou 15 dias. Na verdade, um novo governo parece ter começado na sexta em que o mercado deu adeus ao real como âncora cambial de um plano que, há quatro anos e meio, tirou o país de uma inflação crônica, redistribuiu riquezas e fez os brasileiros sonharem com uma nova vida de estabilidade econômica. A âncora cambial foi levada embora pela livre flutuação do mercado, uma verdade que se impôs à parcela do governo que, até o penúltimo dia da semana, ainda tentava a desvalorização controlada da moeda. Os fundamentos
que sustentavam o plano de estabilização monetária
entraram em ebulição desde a manhã da quarta-feira
13, quando o economista Gustavo Franco anunciou sua demissão do
Banco Central e mudanças no sistema de reajuste do real diante
do Dólar. A cotação de R$ 1,20 por US$ 1 passou para
R$ 1,32, uma desvalorização de 8,2% da moeda que, em toda
sua existência, se desvalorizara nominalmente em apenas 22%. Seria
o teto da nova banda cambial, a faixa de cotação entre R$
1,20 e R$ 1,32 no meio da qual a moeda brasileira deveria flutuar. Foi
pouco para o mercado, que há muito pedia, em coro com economistas
de tendências tão diferentes que iam de Delfim Netto a José
Serra, a desvalorização do real como forma de recolocar
a economia brasileira no rumo do crescimento. Em todo o mundo, o alargamento
da banda cambial foi criticado como insuficiente para recompor o real
poder de compra da moeda. Os Dólares continuaram saindo do país
aos bilhões, as bolsas despencaram e os juros dispararam. Crise Argentina - Câmbio fixo vai voltar com novo ministro
Buenos Aires (AF) – 27/04/2002 A primeira
grande missão de Roberto Lavagna à frente do Ministério
da Economia da Argentina vai ser a de enterrar o atual sistema de câmbio
flutuante. O presidente Eduardo Duhalde pediu a Lavagna, nomeado ontem
para o cargo, que defina o valor em que o peso será fixado diante
do Dólar. |
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