2 - Marcação a mercado (Marked to Market)

Em função da alta exposição ao risco de mercado, o Banco Central obrigou, em 2002, as instituições financeiras a efetuarem um procedimento denominado marcação a mercado em seus títulos (governamentais e privados) encarteirados em seu patrimônio.

A marcação a mercado consiste em estabelecer o preço atual de uma operação de tal forma que sua reposição permita ao adquirente os mesmos resultados de uma nova operação com características de fluxos de caixa e prazos remanescentes, iguais ao da operação original.

Ou seja, é um procedimento de precificação para estabelecer o valor diário para cada um de seus títulos, com o intuito de saber quanto valeria sua carteira, caso fosse vendê-la ao mercado secundário. Essa marcação normalmente ocorre após o horário regular de negociação, levando-se em consideração o preço de fechamento de cada título. Quando o título não é negociado em mercado regulado ou quando não tem liquidez, o administrador de recursos deve procurar estabelecer um valor pelo qual conseguiria vender caso fosse negociar o título.

Em ambiente de instabilidade e consequente alta volatilidade, os preços de mercados destes títulos tendem a oscilar muito fazendo com que ocorram muitas variações patrimoniais.

Foi o que ocorreu entre os meses de maio a agosto de 2002, período pré-eleitoral no país e de muitas incertezas políticas. O mercado começou a cobrar ágio pelos títulos de longo prazo já que não havia certeza se o governo honraria seus contratos, conforme podemos evidenciar nas notícias da época.

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