b) Análise de Múltiplos (Valor Relativo)

Deriva da precificação de ativos “comparáveis”, padronizados pelo uso de uma variável comum como lucros, fluxos de caixa, valores contábeis ou receitas.

A comparação pode ser com médias setoriais ou com outra empresa de características semelhantes. Apesar da simplicidade e facilidade de relacionamento aos indicadores, as premissas para determinação do valor nem sempre são explícitas e podem embutir erros de avaliação do mercado.

Na análise de múltiplos, destacamos:

P/L – um dos indicadores mais utilizados, em que P representa a cotação da ação na Bolsa de Valores e L representa o lucro por ação estimado para os próximos anos.

As vantagens da utilização do P/L são as facilidades de cálculo e de comparação. Já a desvantagem é a possibilidade de o lucro da empresa não ser integralmente distribuído na forma de dividendo, mascarando o índice e a necessidade de ajuste no lucro, caso esteja inflado por distorções como a venda de um ativo não operacional, por exemplo.

VE/EBITDA – VE representa o valor de mercado da empresa mais os empréstimos e financiamentos onerosos, menos as aplicações financeiras. Essa relação indica o prazo para o retorno do capital total (próprio e de terceiros), assumindo-se que a empresa tenha uma geração de caixa equivalente à indicada pelo EBITDA (lucro antes dos juros, impostos e depreciação), em regime de perpetuidade.

Concluímos que a formação do preço justo é resultado da avaliação individual do investidor, em razão de estimativas distintas para lucro por ação, prêmio de risco e custo de oportunidade, de acordo com as expectativas do mesmo.


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